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Conflito na África

Países africanos se reunem para avaliar situação na Costa do Marfim

O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, enviado da União Africana, junta-se nesta segunda-feira, 3, aos chefes de Estado de Benim, Cabo Verde e Serra Leoa para uma nova rodada de negociações na tentativa de que Laurent Gbagbo deixe pacificamente a presidência da Costa do Marfim.

O grupo representa e reforça a Ecowas – Economic Community of West African States ou Comunidade Econômica da África Ocidental -, criada em 1975 e que reúne o Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, a Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, a Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, o Níger, a Nigéria, o Senegal, Serra Leoa e o Togo.

Em 28 de novembro passado, Gbagbo e o ex-primeiro ministro Alassane Ouattarra concorreram na primeira eleição na Costa do Marfim em dez anos. A oposição foi declarada vencedora pela Comissão Eleitoral. Mas a Corte Suprema do país reviu os números, alegando fraude, e deu a vitória a Gbagbo.

Além de opositores políticos, os dois candidatos são de etnias diferentes.

Gbagbo chegou a ordenar a saída dos 10 mil soldados da Organização das Nações Unidas (ONU) do país, sob alegação de interferência interna. A ONU foi o primeiro órgão internacional a acusar o então presidente de subverter a vontade popular ao permanecer no poder. Outros organismos multilaterais e países também condenaram a decisão de Gabgbo.

As Nações Unidas mantiveram as tropas para cumprir o mandato internacional de monitorar o acordo de paz, que acabou com a guerra civil de 2002/2003. Os soldados também guardam o hotel onde Ouattara está instalado desde o segundo turno.

Apoiadores de Gbagbo alegam que ele foi legitimamente reeleito e que a decisão da Corte foi soberana, independente e de acordo com a Constituição do país. Na mensagem de Ano-Novo, Gbagbo anunciou que não iria ceder às pressões. Ele controla a rádio e TV estatais e recebe apoio das Forças Armadas marfinenses.

De acordo com a Voz da América, o embaixador Yao Gnamien, conselheiro de Gbagbo, afirmou que os líderes internacionais não chegam para negociar a saída dele do poder, mas sim para “encontrar uma solução pacífica para a crise.”

A Ecowas já alertou que fará “uso legítimo de força” caso Gbagbo se recuse a deixar o cargo. Segundo o embaixador, a comunidade internacional já ouviu as alegações do candidato Ouattara e deveria fazer o mesmo com Gbagbo.

Os presidentes Ernest Bai Koroma (Serra Leoa), Pedro Pires (Cabo Verde) e Bon Yayi (Benim) estiveram em Abdijan na semana do Natal, mas as negociações não tiveram sucesso. Na terça-feira, 4, o grupo se reúne com Goodluck Jonathan, presidente da Nigéria e atual líder da Ecowas, para avaliar a situação.

De acordo com a BBC, grupos de direitos humanos alegam que aliados de Gbagbo sequestraram oponentes políticos. Muitas casas teriam sido marcadas para identificar a origem étnica de seus moradores. Segundo a ONU, o número de mortos desde o início da crise passa de 200.

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