"Bem-aventurados os MISERICORDIOSOS, porque eles alcançarão MISERICÓRDIA" (Mt 5,7)

Porta-voz da Santa Sé

Padre Lombardi fala sobre a viagem do Papa à Polônia

Padre Lombardi ilustrou o programa da viagem detendo-se na relação intensa que liga São João Paulo II e os lugares que também Francisco visitará

Da redação, com Rádio Vaticano

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, reuniu a imprensa nesta quarta-feira, 20, para falar sobre a viagem do Papa Francisco à Polônia na próxima semana, de 26 a 31. Segundo o porta-voz, o objetivo principal da viagem é a Jornada Mundial da Juventude, porém o Papa também quer concretizar sua primeira visita apostólica à Polônia.

“Esta viagem é também uma viagem à Polônia, e existem eventos e circunstâncias que não estão ligados estritamente à JMJ, mas à Polônia, às suas circunstâncias e aos lugares que o Papa visitará, também distintos de Cracóvia, em particular Czestochowa e Auschwitz”, explicou padre Lombardi.

Confira também as informações da correspondente da CN Roma, Lizia Costa

Trata-se da 15ª viagem apostólica internacional do Papa Francisco e o 23º país que visitará. Não é a primeira vez que a Polônia hospeda a JMJ. Em 1991, o evento se realizou em Czestochowa.

O tema deste ano, no âmbito do Jubileu, é “Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. O Papa irá a lugares, como Cracóvia, fundamentais para a revelação do Deus da Misericórdia. Todos os seus discursos serão em italiano, exceto um que fará em espanhol.

Padre Lombardi ilustrou o programa da viagem detendo-se na relação intensa que liga São João Paulo II e os lugares que também Francisco visitará, como a Catedral de Cracóvia, na quarta-feira, 27, e o Santuário de Czestochowa, na quinta-feira, 28, densos de história e símbolos da nação como a conhecida imagem de Nossa Senhora Negra.

O terceiro dia da viagem, sexta-feira, 29 de julho, será dedicado à visita aos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau. Auschwitz se encontra a 30 quilômetros de Cracóvia, e pouco distante, Birkenau.

“Recordamos que naturalmente também outros dois Papas foram a esses lugares. João Paulo II, em 1979, durante a primeira viagem à Polônia, celebrou uma missa perto de Auschwitz. Depois, Bento XVI, em 28 de maio de 2006, visitou tanto Aushwitz 1 quanto Birkenau, Aushwitz 2, e fez um grande discurso que não estava no contexto litúrgico. Uma forma diferente. Francisco, como nos disse, como nos explicou, não dirá palavras: fará o silêncio da dor, da compaixão e lágrimas.”

Outra etapa do Papa Francisco será, no dia seguinte, sábado, 30, no convento, em Cracóvia, onde viveu e está sepultada Santa Faustina Kowalska à qual se deve a devoção da Divina Misericórdia, e depois o Santuário de São João Paulo II onde, à noite, no adjacente Campus Misericordiae, se realizará a vigília de oração com os jovens. A Missa do domingo, 31, pela manhã, é o momento culminante da JMJ.

Sobre o tema da segurança, padre Lombardi disse aos jornalistas que não existem problemas particulares, não consta que grupos tenham desistido, e que o clima geral na Polônia em vista da presença do Papa é de normalidade e tranquilidade.

Estarão presentes oitocentos bispos, e estão sendo esperados mais de um milhão e quinhentos mil jovens. Os detalhes a esse respeito foram dados pelo porta-voz da Conferência Episcopal Polonesa, Mons. Pawel Rytel-Andrianik:

“Como sabemos, geralmente vem mais pessoas do as que estão inscritas. Quando se encerraram as inscrições estávamos em 335 mil e 437 pessoas. Os primeiros a se inscrever foram da Espanha e depois de outros países. Porém, como organização, espera-se que o Santo Padre encontrará no Campus Misericordiae, de um milhão e quinhentas mil pessoas a um milhão e oitocentas. Depois, em Czestochowa poderão ser de trezentas a quinhentas mil, a maioria polonesas, que celebram os 1050 anos do Batismo da Polônia. Estes são os números. Em relação aos países que participarão, vemos que a maioria das pessoas vem da Polônia, Itália, França, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Ucrânia e Portugal.”

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