Em meio a publicação oficial do Vaticano, do documento conjunto elaborado pela Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre Católicos e Ortodoxos, em que as duas Igrejas reconhecem o Papa como Primeiro Patriarca, o exemplo de um Padre americano, o único na Groelândia, que enfrenta o frio e as dificuldades sociais para evangelizar, e conta com o apoio da Igreja Ortodoxa.
São dois milhões de quilômetros quadrados, sendo a maioria debaixo do gelo, montanhas de gelo que se alternam com os prados verdes. Uma área ocupada por 60 mil habitantes, destes apenas 100 são católicos.
A Groelândia possui somente um sacerdote, missionário dos Oblatos de Maria, Padre Paolo Marx chegou há 40 anos, reside em Copenaghen, mas durante sete meses do ano, permanece na maior ilha do mundo.
Seu trabalho tornou-se conhecido após um Simpósio Ortodoxo, organizado pelo Patriarca Bartolomeu I. No encontro foram discutidas as dificuldades climáticas sofridas pela população.
Segundo explica Padre Paolo, na Groelândia "nós possuimos uma única Igreja católica que está em Nuuk. Aqueles que moram fora desta região não conseguem vir à Igreja regularmente. Eu mesmo encontro dificuldades para chegar, porque não existem estradas. Para chegar é necessário o avião ou o barco. Os que moram na costa, vem à Igreja no tempo de férias".
Entre o branco e verde da Groêlandia, o Evangelho foi plantado há mil anos, por uma senhora que construiu a primeira Igreja. Os oblatos tem uma presença estável nesta zona desde 1958. O simpósio realizado na ilha pode tornar público os problemas sociais enfrentados pela população.
"Eu diria que o álcool representa o maior problema social na Groelândia, mas enfrentamos também o aborto, que existe desde a aprovação na Dinamarca nos anos 70. Um problema grave é o abuso sexual de crianças, uma chaga para as familias", ressalta o Padre americano.
Problemas enfrentados com esperança na gélida Groelândia.