Refugiados e imigrantes

ONU: 68,5 milhões foram deslocados de maneira forçada em 2017

Apesar dos números, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, diz que há razão para esperança

Da redação, com ONU

De acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), guerras, violências e perseguição foram as causas para o aumento no número de pessoas deslocadas de maneira forçada em 2017.

O relatório anual Tendências Globais da agência lançado nesta terça-feira, 19, aponta que o mundo tem 68,5 milhões de pessoas deslocadas. Segundo o Acnur, o número equivale quase que à população da Tailândia. Pouco mais de 16,2 milhões tornaram-se deslocadas no ano passado, ou 44,5 mil pessoas por dia.

Só no Brasil, de acordo com a Acnur, 85,7 mil requerimentos de asilo pendentes. Apenas no ano passado, o país recebeu 17,9 mil pedidos de venezuelanos. Ao todo, existem 10,2 mil refugiados no Brasil. Já Angola abriga quase 33 mil refugiados da República do Congo, enquanto Portugal abriga 1,6 mil refugiados.

Esperança

Refugiados que escapam de conflitos e perseguição representam 25,4 milhões do total, enquanto 40 milhões de pessoas estão deslocadas dentro de seu próprio país. Apesar dos números, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, diz que há razão para esperança.

Segundo ele, 14 países já estão criando uma forma pioneira de responder à situação dos refugiados e dentro de alguns meses, a Assembleia Geral da ONU adotará o Pacto Global para Refugiados.

Soluções

Na véspera do Dia Mundial do Refugiado, Grandi faz um apelo para que todos os países apoiem o plano. Ele lembra que ninguém escolhe se tornar um refugiado, mas o resto das pessoas pode escolher ajudá-los.

A Acnur destaca ainda que 85% dos refugiados estão em países em desenvolvimento. A Turquia continua sendo o país que mais recebe pessoas nesta situação, abrigando 3,5 milhões de refugiados, a maioria sírios.

A agência explica que existem poucas soluções para essas pessoas, porque guerras e conflitos continuam e há pouco progresso rumo à paz. Cerca de 5 milhões de pessoas conseguiram retornar para suas casas em 2017, mas a maioria encontrou muita fragilidade em seus países de origem.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo