A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse hoje no Parlamento que o Brexit é um “ponto sem volta”, mas um “momento histórico”
Da redação, com Agência Brasil
A União Europeia (UE) lamentou nesta quarta-feira, 29, a saída do Reino Unido do bloco, mas se declarou “preparada” para o processo, que se centrará em primeiro lugar nos acordos fundamentais para garantir “uma saída cuidadosa”.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse hoje no Parlamento que o Brexit é um “ponto sem volta”, após confirmar que o Reino Unido ativou o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia as negociações para a retirada do país da União Europeia (UE).
Segundo a Agência EFE, May afirmou que este é um momento “histórico” e que o governo respondeu à “vontade democrática” expressa pelo povo britânico no referendo de 23 de junho. Em discurso na Câmara dos Comuns, que estava cheia, ela prometeu defender, “o mais rápido possível”, os direitos dos integrantes da Comunidade Europeia que vivem no Reino Unido e ressaltou o interesse britânico por ver uma UE que “prospere” e “tenha sucesso”.
Membro do Partido Conservador, a primeira-ministra disse que seu país inicia uma “viagem transcendental” e pediu “união” do povo para os dois anos de negociações sobre a saída do bloco europeu.
“Agora que a decisão de deixar a União Europeia foi tomada, é o momento de nos unirmos”, afirmou May, insistindo que negociará como um “único Reino Unido”, mas levando em conta “os interesses de todas as regiões (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte)”, em clara referência aos objetivos independentistas do governo autônomo escocês de Nicola Sturgeon.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, leu uma declaração do bloco, que informa ter recebido a carta da primeira-ministra britânica ativando o Brexit e ressaltou que a UE atuará “unida”. A prioridade, apontou, será “minimizar a incerteza causada pela decisão do Reino Unido a nossos cidadãos, empresas e Estados-membros”.
“Não há razão para achar que é um dia feliz aqui ou em Londres”, disse Tusk, visivelmente triste, ressaltando que “a maioria dos europeus e cerca de metade dos britânicos desejavam permanecer juntos”.
Ele acrescentou que “paradoxalmente, também existe algo positivo” no Brexit, já que “deixou os 27 [países-membros] mais determinados e unidos do que antes”.
O presidente do Conselho disse que acredita que a UE continuará “determinada e unida também no futuro” e nas “difíceis negociações” que surgirão nos próximos meses. Nesse contexto, indicou que ele mesmo e a Comissão Europeia têm o “forte mandato de proteger o interesse dos 27”. Tusk afirmou ainda que o processo de negociação consistirá essencialmente em uma “redução de danos” e ressaltou que o objetivo da UE é “diminuir o custo para os cidadãos, empresas e Estados-membros”.
Além disso, ressaltou que por enquanto “nada vai mudar” e que, até que o Reino Unido saia da União, o país continuará aplicando a legislação europeia.
Na declaração do Conselho Europeu, o grupo lamenta que Londres “abandone a UE”, mas ressalta que o bloco está “preparado para o processo que virá agora”.
Segundo ele, para a UE, “o primeiro passo será a adoção das diretrizes” das negociações, que “estabelecerão o conjunto das posições e princípios à luz dos quais a União, representada pela Comissão Europeia, negociará com o Reino Unido”. “Por isso, começaremos nos centrando em todos os acordos-chave para uma retirada ordenada”, afirma a declaração.
Ele garantiu que a UE fará as conversas de maneira “construtiva” e que se esforçará para achar um acordo. “No futuro, esperamos ter ao Reino Unido como um parceiro próximo”, acrescenta.
Trusk lembrou que o Conselho convocou uma cúpula para 29 de abril, na qual serão tratadas as diretrizes negociadoras com o Reino Unido. Nas próximas semanas, esse documento será debatido em diferentes níveis – em reuniões de analistas e ministros, indicaram à Agência Efe fontes europeias.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta quarta-feira (28) no Parlamento que o Brexit é um “ponto sem volta”, após confirmar que o Reino Unido ativou o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia as negociações para a retirada do país da União Europeia (UE). A informação é da Agência EFE.
Na Câmara dos Comuns, May afirmou que este é um momento “histórico” e que o governo respondeu à “vontade democrática” expressa pelo povo britânico no referendo de 23 de junho. Em discurso a uma câmara cheia, ela prometeu defender, “o mais rápido possível”, os direitos dos integrantes da Comunidade Europeia que vivem no Reino Unido e ressaltou o interesse britânico por ver uma UE que “prospere” e “tenha sucesso”.
Membro do Partido Conservador, a primeira-ministra disse que seu país inicia uma “viagem transcendental” e pediu “união” do povo para os dois anos de negociações sobre a saída do bloco europeu.
“Agora que a decisão de deixar a União Europeia foi tomada, é o momento de nos unirmos”, afirmou May, insistindo que negociará como um “único Reino Unido”, mas levando em conta “os interesses de todas as regiões (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte)”, em clara referência aos objetivos independentistas do governo autônomo escocês de Nicola Sturgeon.
“Vamos tomar nossas próprias decisões e nossas leis, vamos assumir o controle das coisas que nos importam mais e vamos aproveitar esta oportunidade para construir um Reino Unido mais forte, mais justo, um país que nossos filhos e netos sintam orgulho de chamar casa. Esta é nossa ambição e nossa oportunidade”, afirmou May no discurso aos parlamentares.