As pinturas da famosa “Sala de Heliodoro”, realizadas por Rafael no segundo andar dos Museus Vaticanos, foram limpas e restauradas, informou nesta quarta-feira, 9, ao 'L´Osservatore Romano', o diretor dos Museus, Antonio Paolucci.
“Acabaram de ser retirados os andaimes da última parte, aquela que representa 'O encontro de Leão, o Grande e Atila'. Agora, a Sala de Heliodoro, obra prima de Rafael – que encontrou a sua redenção na arte dos afrescos -, é oferecido à admiração de quem tem olhos para ver”, afirmou Paolucci. O majestoso conjunto, pintado entre 1511 e 1514 pelo mestre de Urbino e seu atelier, “agora pode ser contemplado na sua totalidade”, acrescentou.
As obras foram todas limpas, restauradas e, quando necessário, minuciosamente analisadas e estudadas”. Os melhores especialistas em restauração de pinturas do Vaticano, dirigidos por Paolo Vilolini, foram os responsáveis por este trabalho. O professor Arnold Nesselrath, historiador de arte do Vaticano, especializado em Rafael e reconhecido internacionalmente, acompanhou a equipe.
A Sala de Heliodoro faz parte de um conjunto de quatro salas que o Papa Júlio II havia pedido que Rafael pintasse em 1508: “A Sala da Assinatura”, “a de Heliodoro”, “a do Incêndio no Borgo” e “ a de Constantino”.
A sala é recoberta por quatro afrescos muito conhecidos: “a Missa de Bolsena”, “o reencontro de Leão, o Grande e Átila”, “Heliodoro expulso do Templo” e a “Libertação de São Pedro”, uma obra-prima caracterizada por fortes contrastes de claro-escuro que mostram o apóstolo libertado da prisão por um anjo.