Crise política

Núncio na Líbia afirma que religiosos não vão abandonar população

O Núncio Apostólico na Líbia, Dom Tommaso Caputo, afirmou que os missionários católicos no país africano não vão “abandonar” a população neste momento “difícil”.

“Em relação à grave situação que se criou nos últimos dias, as comunidades religiosas que operam nos vicariatos apostólicos de Tripoli e Bengasi continuam a estar plenamente ao serviço da população e dos fiéis”, assinalou, nesta terça-feira, 22, o represante da Santa Sé, que vive na Líbia desde 2007.

A emissora local noticiou mais de mil mortos na sequência dos protestos que, desde 15 de fevereiro, pedem o fim do regime de Kadhafi, no poder desde 1969.

Os incidentes mais graves ocorreram em Benghazi, segunda maior cidade líbia e principal centro urbano da Cirenaica, província oriental deste país.

Dom Tommaso Caputo assinala que a maioria das 16 comunidades femininas de congregações e ordens religiosas trabalha no campo da saúde e, neste momento, intensificou a sua assistência à população.

“Do mesmo modo, os dois bispos e 15 sacerdotes prosseguem o seu serviço e querem continuar a missão que lhes foi confiada”, acrescenta.

Para o núncio, a presença dos missionários pode “infundir coragem” num momento “difícil” para a Líbia, país em que a Igreja Católica tem cerca de 100 mil fiéis.

O jesuíta egípcio Samir Khalil Samir, professor de história da cultura árabe e islamologia na Universidade São José de Beirute, Líbano, também se pronunciou e afirmou que "o mundo árabe está vivendo a sua primavera”.

"As pessoas estão cansadas de reinos ou repúblicas que duraram décadas, que não dão lugar à democracia, à liberdade, à igualdade, à partilha de decisões, especialmente com uma situação económica e social em que muitas pessoas se encontram em dificuldade", refere.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo