O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, disse nesta sexta-feira, 14, que mais de 500 pessoas morreram, no país, nas enchentes e deslizamentos causados pelo tufão Morakot.
Quantidade que surpreendeu as autoridades locais, que estimavam que o número de mortos fosse de 200 a 300 pessoas. A informação foi divulgada pelo chefe do governo em um encontro nacional de segurança.
Sobreviventes e o principal partido de oposição afirmam que os esforços para resgatar pessoas isoladas em aldeias são lentos ou insuficientes, críticas que podem prejudicar a imagem do presidente e de seu partido antes das eleições locais do fim do ano.
A pressão sobre o líder, que foi eleito em 2008, pode prejudicar o apoio a seu Partido Nacionalista nas eleições municipais e estaduais de dezembro, disseram analistas.
As autoridades afirmam que não conseguiram responder mais rápido ao tufão por causa das chuvas constantes na área do desastre, que impedia o voo de helicópteros.
"Do ponto de vista das vítimas, esperar apenas um minuto já é demorar demais", disse o primeiro-ministro Liu Cha-shiuan.
Após dias de voos de helicópteros para resgatar sobreviventes e distribuir comida em Hsiao Lin, nesta quinta-feira, 13, autoridades abriram uma estrada para o vilarejo.
Na cidade vizinha de Liu-Guei, mais de 200 pessoas foram retiradas de helicóptero e 32 estão desaparecidas. Apenas os telhados das casas podiam ser vistos, após a lama ter tomado a maior parte das construções.
O Morakot causou 910 milhões de dólares em prejuízos para a agricultura e infra-estrutura, enquanto a reconstrução vai custar mais alguns milhões.
O tufão também atingiu 34 pontes e destruiu 253 pontos de estradas, com reparos previstos para ficarem pontos apenas em três anos, de acordo com o Ministério do Transporte.
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