Segurança do Papa

Novos membros da Guarda Suíça prestaram juramento no Vaticano

Trinta e três novos recrutas da Guarda Suíça prestaram esta terça-feira, 6, o seu juramento em uma cerimônia solene. O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, presidiu a Santa Missa na Basílica de São Pedro, para os guardas, as suas famílias e autoridades helvéticas.

Estas comemorações são "um dos momentos mais importantes do Estado da Cidade do Vaticano", sublinhou o Cardeal Bertone em sua homilia.

O juramento aconteceu durante a tarde. O Capelão da Guarda Suíça leu ao juramento, que diz: "Juro servir com fidelidade, lealdade e honra o Supremo Pontífice Bento XVI e os seus legítimos sucessores, e dedicar-me a eles com todas minhas forças, sacrificando inclusive, se necessário, a minha própria vida para defendê-los. Assumo igualmente este compromisso relativamente ao Sacro Colégio dos Cardeais durante a duração da Sé Vacante. Prometo ainda ao Capitão Comandante e aos outros meus superiores respeito, fidelidade e obediência. Juro observar tudo aquilo que a honra da minha posição exige de mim".

Os recrutas confirmaram o juramento na sua língua natal junto do vice-comandante, tocando com a mão esquerda na bandeira e levantando três dedos da mão direita para o céu, enquanto pedem a assistência "de Deus e dos seus Santos". Os padroeiros da Guarda Suíça são S. Martinho de Tours, S. Sebastião e S. Nikalus von Flue, "defensor da paz e Pai da Nação" suíça.

O juramento é prestado a cada dia 6 de maio, em lembrança ao aniversário do Saque de Roma de 1527, quando 147 soldados da guarda morreram para proteger o Papa Clemente VII.

Fundada há mais de 500 anos pelo Papa Julio VII, a Guarda Suíça pontifícia é o exército mais antigo do mundo e atualmente é composto de 110 homens e compreende 4 oficiais (coronel, tenente coronel, major e capitão), 1 capelão, 26 suboficiais e 79 soldados. O serviço dura dois anos, com possibilidade de renovação e promoção, até um máximo de 20 anos de serviço.. 

É uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da Suíça, organizados militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência. Outras tarefas são também a vigilância dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim como serviços de segurança e de honra durante as funções religiosas e diplomáticas do Santo Padre. Uma representação da Guarda Suíça acompanha o Papa nas suas viagens ao exterior.

Para fazer parte da Guarda Suíça é preciso ser católico, nascido nesse país, com uma altura superior a 1,74 metros e ter frequentado a recruta no exército suíço. Os soldados deverão ter até 30 anos e ser solteiros, sendo possível casarem-se depois de subirem de patente. Todos, sem excepção, vivem no Vaticano.

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