De acordo com os cientistas da Copernicus Climate Change Service, a Europa passou pelo seu mês mais quente até hoje, enquanto Ártico e Sibéria Subártica continuam a aquecer mais do que a média
Da redação, com Copernicus Climate Change Service
A agência Copernicus Climate Change Service da União Europeia relata que o mês de novembro de 2020 registrou as mais altas temperaturas para o mês nos últimos 30 anos, de 1981 a 2019. E também superou a média registrada em 2016 e 2019.
Os dados da reanálise mostram que novembro esteve perto de 0,8° C acima do período de referência padrão de 30 anos de 1981-2010. As temperaturas estavam acima da média em uma grande região que cobre o norte da Europa, Sibéria e Oceano Ártico. As temperaturas substancialmente mais altas do que a média também ocorreram em partes dos Estados Unidos, América do Sul, sul da África, no planalto tibetano, no leste da Antártica e na maior parte da Austrália.
Na Europa, as temperaturas de novembro de 2020 foram particularmente altas, tornando-se o segundo novembro mais quente junto com 2009 e 0,2° C abaixo da temperatura de novembro de 2015. Em contraste, as temperaturas ficaram abaixo da média na Ásia Central e na Antártica Ocidental.
Carlo Buontempo, Diretor do Serviço de Mudanças Climáticas da Copernicus, comenta: “Globalmente, novembro foi um mês excepcionalmente quente em comparação com outros novembros, e as temperaturas no Ártico e no norte da Sibéria permaneceram consistentemente altas, com o gelo marinho em sua segunda menor extensão. Esta tendência é preocupante e destaca a importância de um monitoramento abrangente do Ártico, uma vez que está aquecendo mais rápido do que o resto do mundo”, afirmou.