Fraternidade Católica

Novas Comunidades não têm futuro se não olharem os pobres

Ao lembrar o exemplo de São Francisco, o bispo do prelazia de Marajó, no Pará, Dom Luís Azcona Hermoso ressaltou na homilia desta sexta-feira, 29, que as novas comunidades não tem futuro nenhum se não verem Jesus nos pobres e naqueles que sofrem. “Que São Francismo nos ajude a nos libertar de tantos estigmas e preconceitos para que possamos viver o Evangelho como ele é”, enfatizou.

Neste 2º dia da 14ª Conferência Internacional da Fraternidade Católica, que acontece em Assis, na Itália, Dom Azcona alertou as novas comunidades para o desafio de entender o que é o homem neste mundo desumanizado. O bispo chamou a atenção para que os presentes compreendam a realidade que os rodeiam, olhando de modo especial para os mais pobres e necessitados.

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O celebrante também os alertou para que não se deixem cair no falso zelo pela glória de Deus, no apego às normas e regras. “O falso zelo pela glória de Deus, esta falsa compreensão, o apego à falsa lei, ao alegorismo, ao egoísmo, e até mesmo, ao narcisismo coletivo, nos impede de ver aquele que está precisando de nossa misericórdia”, destacou.

Para distinguir o que é melhor, deixando de lado as mediocridades humanas, os apegos e as facilidades, o bispo disse rezar para que as novas comunidades realizem de forma íntegra os desígnios de Deus em seu tempo. “Não somente de maneira pessoal, mas de maneira coletiva, é o Espírito que dá a vida e nos faz compreender onde está Deus. Queremos que cresça sempre mais o conhecimento e discernimento, para que continuem crescendo na caridade e no amor”, disse.

Multiplicando Graças

Assim como Paulo aos Filipenses, Dom Azcona disse render graças a Deus cada vez que recorda dos membros das novas comunidades, por causa da cooperação deles para com a evangelização no mundo. “O próprio São Paulo diz que todos vocês  são participantes da graça do Evangelho. Nossa consciência de bispos nos faz ver que não podemos deixá-los sozinhos, pois isso seria agir contra o Espírito Santo”, destacou.

O bispo salientou que os membros das novas comunidades são participantes da graça da salvação e do Ministério Apostólico, e grandes são as obras do Senhor por meio delas. “Todos vocês batizados no Espírito Santo receberam uma grande graça. Somos convidados nesse momento a multiplicar esta graça para um novo pentecostes que começa agora e vai até o fim do mundo”, enfatizou Dom Azcona.

O testemunho com a própria Vida

O celebrante ressaltou o compromisso de cada um para com o seu povo, combatendo as injustiças e a violência, como o tráfico de seres humanos e a prostituição, sem temer pela própria vida. “Não tenho medo da morte. Pela glória de Deus é um pensamento que não me causa angústia. Penso que se um dia Deus me chamar para derramar meu sangue por causa Dele, para mim seria a realização máxima da minha vida”, afirmou o bispo.

As perseguições sempre existirão, mas Dom Azcona ressaltou que, mesmo odiados pelo mundo, os cristãoz não devem temer, pois o Espírito de Deus pede a eles que o anunciem e sejam seus servos.

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