Especialistas destacam que custo para conectar os seres humanos em todo o mundo à internet é inferior a 0,1% da despesa destinada às guerras
Da redação, com Rádio Vaticano
A internet é atualmente o principal meio de capacitação para o aprendizado, divulgação de conhecimento, prestação de cuidados de saúde, meio ambiente e geração de empregos. No entanto, cerca de três bilhões de pessoas no mundo não tem acesso à rede.
Para refletir sobre o tema “conexão à Internet é um direito humano?”, estudiosos e especialistas de vários países reúnem-se no Vaticano, nesta terça-feira, 10, para um Simpósio organizado pela Pontifícia Academia das Ciências.
A análise parte do pressuposto que a conectividade é um direito gratuito: a sociedade deve acessá-lo.
Como as escolas públicas, as luzes das ruas, as estradas e as calçadas, é responsabilidade da sociedade civil gerenciar, manter, oferecer e subcontratar as partes envolvidas de uma maneira competitiva, inovadora e em um mercado livre. Do mesmo modo como os cuidados de saúde primários, a educação pública, o Estado de direito, as forças policiais e de defesa.
Segundo a Academia, “a educação, um caso especial e importante, é o caminho mais rápido para a dignidade e a liberdade. E não pode ser uma estrada com pedágio”.
Internet para todos
Segundo estudiosos, o custo para conectar os seres humanos em todo o mundo é inferior a 0,1% da despesa destinada atualmente às guerras. Uma dádiva para eliminar a ignorância, aliviar a pobreza, compartilhar conhecimentos básicos e trabalhar para a paz mundial, com um melhor entendimento recíproco.
Sobre o acesso à rede nas escolas, os estudiosos defendem que todos os alunos e professores têm o direito de se conectar. “Uma escola sem conectividade não é uma escola para o século 21”, enfatizam. E o mesmo se aplica para idosos e pobres, que são os mais excluídos dos recursos digitais.
Sobre a Academia
O trabalho da Pontifícia Academia das Ciências compreende seis grandes áreas: ciência fundamental, ciência e tecnologia de problemas globais; ciência para os problemas do mundo em desenvolvimento, política científica; bioética, epistemologia.