“O imediato cessar fogo com o fim de toda a violência” e “o início imediato da assistência humanitária e de reconstrução”, foram as afirmações conclusivas do Workshop sobre a Síria, realizado na Pontifícia Academia das Ciências, no Vaticano, nesta segunda-feira, 13. O documento é assinado pelo Cardeal Jean Louis Tauran, pelo ex-Presidente da Comissão Européia, Romano Prodi e pelo vice-presidente egípcio e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed Baradei.
As deliberações do encontro, que são endereçadas ao Papa Francisco, ressaltam além disto que “Genebra II, para poder lançar as bases pela paz na região, deve garantir a participação inclusiva de todas as partes envolvidas no conflito, quer sejam pertencentes à região, quer de fora". O texto ainda destava o recente acordo entre o Irã e membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha, para se chegar a um consenso sobre o programa nuclear iraniano.
“Este acordo interino dá ao mundo a grande esperança de que o prolongado período de grave desconfiança entre o Irã e outras nações da região e fora dela, possa ser seguido por uma nova era de confiança e até mesmo de cooperação. O sucesso deste novo acordo poderia fornecer, outrossim, a base essencial para uma paz duradoura na Síria, algo que ocorreria também no caso de um passo em frente nas negociações de paz entre israelenses e palestinos, intermediadas pelos Estados Unidos”, conclui o texto.
Participaram do encontro, personalidades como o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair e o egípcio Mohamed ElBaradei, antigo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica. O objetivo foi “analisar e refletir sobre a dramática situação síria” e “a guerra que se estende há mais de dois anos, provocando milhares de vítimas e refugiados, grande parte delas crianças, mulheres e idosos”.
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