Santo Padre falou da Quaresma como tempo propício para identificar as necessidades espirituais e pedir a ajuda de Deus, a exemplo da samaritana que encontrou Jesus
Jéssica Marçal
Da Redação
No Angelus deste domingo, 23, Papa Francisco refletiu sobre a passagem do Evangelho que relata o encontro de Jesus com a mulher samaritana. Ele destacou que assim como a mulher encontrou a “água viva” no encontro com Jesus, cada um hoje é chamado a deixar de lado o seu cântaro e beber dessa “água” oferecida por Cristo.
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.: Íntegra do Angelus
Como relata o Evangelho, Jesus estava cansado da viagem e sentou-se à beira do poço, onde pediu água para a samaritana. Francisco explicou que a sede de Jesus não era tanto de água, mas Ele precisava encontrar a samaritana para abrir-lhe o coração. Ele pediu água a ela para evidenciar a sede que havia nela mesma.
A mulher, então, disse o Papa, ficou tocada por este encontro com Cristo e dirigiu a ele as perguntas profundas que todos têm dentro de si, mas que muitas vezes ignoram, não têm coragem de dirigi-las a Jesus.
“A Quaresma é o tempo oportuno para olharmos para dentro de nós, fazer emergir as nossas necessidades espirituais mais verdadeiras e pedir a ajuda do Senhor na oração. O exemplo da Samaritana convida-nos a nos exprimirmos assim: ‘Jesus, dê-me a água que me saciará para sempre’”.
O resultado daquele encontro foi a transformação daquela mulher, que foi pegar água no poço e encontrou outra água, a água viva da misericórdia, e testemunhou esse encontro.
“Neste Evangelho, encontramos também nós o estímulo para ‘deixar o nosso cântaro’, símbolo de tudo aquilo que aparentemente é importante, mas que perde valor diante do ‘amor de Deus’. Somos chamados a redescobrir a importância e o sentido da nossa vida cristã, iniciada no Batismo e, como a samaritana, testemunhar aos nossos irmãos a alegria do encontro com Jesus”, concluiu o Pontífice.