O Governo e as FARC assinaram um acordo de paz em 26 de setembro, com a condição de que o mesmo fosse ratificado pelo voto popular, o que não ocorreu
Da redação, com Agência Ecclesia
A Conferência Episcopal Colombiana pediu à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que mantenha a sua decisão de alcançar a paz, depois da vitória do ‘não’ no referendo sobre o acordo assinado com o Governo.
O presidente da Conferência Episcopal, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, defendeu que o resultado da consulta popular exige “muita prudência e constância no trabalho pela reconciliação”, informou a emissora local Caracol Rádio.
O “não” obteve 50,2% dos votos, contra 49,8%% do “sim” – uma diferença final de pouco mais de 60 mil votos.
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O Governo e as FARC tinham assinado o acordo de paz em 26 de setembro, com a condição de que o mesmo fosse ratificado pelo voto popular.
O presidente da Conferência Episcopal Colombiana afirmou que agora é tempo de “começar a reformar e mudar este acordo, em termos de solução jurídica e política”.
Dom Luis Augusto Castro Quiroga acrescentou que o referendo ficou prejudicado pela confusão em relação ao diálogo com as FARC.
“Tivemos uma votação muito polarizada, o que expressa as dificuldades verificadas no diálogo entre as forças políticas durante o processo; além de muitas discussões pessoais, que geraram confusão”, precisou.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos reconheceu no domingo a vitória do ‘não’ referendo sobre o acordo de paz assinado com a guerrilha das FARC, mas prometeu continuar os esforços para acabar com o conflito que se arrasta há mais de cinco décadas.
Ainda antes de se saber o resultado do referendo, o Papa Francisco disse em conferência de imprensa que o Vaticano acompanha a situação de perto.
O Papa falava no retorno a Roma, desde o Azerbaijão, manifestando o desejo de visitar o país sul-americano quando o acordo fosse assinado, para poder encontrar uma Colômbia “estável e em paz”.