O Natal em Túnis, na África, se vive de maneira muito menos visível externamente do que em relação a tantas outras partes do mundo, afirma padre Eugenio Elías, do Instituto do Verbo Encarnado.
Em primeiro lugar, porque a porcentagem dos cristãos é muito baixa. “Os turistas pedem freqüentemente a porcentagem dos cristãos do país, mas aqui não existe o ‘por cento’, como acontece no Egito, Palestina ou Iraque. Em Túnis, em 10 milhões de habitantes, os cristãos são entre 5.000 e 10.000″.
Portanto, em Túnis não foi possível aguardar um Natal com o clima e as expectativas que existem em outros países. “Nenhum sinal externo, nenhuma decoração nas ruas, nem um pouco de agito comercial”, prossegue o pe. Eugenio, mas nas casas dos católicos se monta o presépio.
“Durante o Advento, é comum celebrar uma Liturgia penitencial comunitária. Este ano, uma das paróquias organizou um encontro de coros que executam cantos natalinos”, afirma o pe. Eugenio. Na Catedral, se prepara a vigília com cantos e leituras antes da Missa, e depois da Missa, é tradição dos cristãos reunirem-se para festejar o Natal.
Existe também um outro hábito muito radicado: todos os fiéis, no último dia do ano, vão saudar e fazer as felicitações ao Bispo. Tudo isso ajudou os cristãos de Tunis a viver o Natal de modo mais espiritual, porque não se veem exteriormente tantas coisas que, às vezes, são mais um obstáculo do que uma ajuda a viver o autêntico espírito da festa.