Fátima

Museu Irmã Lúcia será inaugurado dia 31 de maio

As Carmelitas de Coimbra preparam-se para inaugurar o Museu Irmã Lúcia agendado para o último dia deste mês.

Em breve, todos poderão ficar a conhecer uma réplica da cela onde a Irmã Lúcia viveu grande parte da sua vida de clausura, assim como todo o seu espólio – o hábito, objectos pessoais (máquina de escrever onde dactilografava os seus escritos, óculos) cartas que a Irmã Lúcia recebeu, fotografias, e várias outras coisas.

A inauguração da obra, atualmente em fase de construção, está prevista para o dia 31 de maio, quinta-feira. Antes da inauguração do museu, que resulta de uma idéia das Carmelitas, assente no projecto de autoria do arquitecto Florindo Belo Marques, D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, presidirá a celebração da Eucaristia a partir das 15 horas na igreja do Carmelo.

O edifício possui dois andares. No piso inferior, um painel de grandes dimensões com a imagem da Irmã Lúcia receberá os visitantes. Nesse piso ficará o hall, a recepção, um auditório, casas de banho e expositores. No andar de cima, cujo acesso pode ser feito através da escadaria ou de elevador panorâmico, encontra-se a reconstituição da cela da última vidente de Fátima.

A intenção inicial era que o museu ficasse concluído a tempo da celebração do centenário de Lúcia de Jesus, a 28 de março passado, mas tal não foi possível.

Recorde-se que no início dos trabalhos foi necessário deitar abaixo uma antiga casa construída pelos soldados. Os trabalhos, essencialmente as fundações do edifício avançaram com o supervisionamento de um arqueólogo, que acabariam por desvendar alguns achados, entre os quais porcelana, ferro, peças de barro e de cobre, datados do século XVIII e pertencentes à comunidade que viria ser expulsa em 1910.

Avaliado o valor das peças, em Dezembro, os técnicos perceberam que estavam encontradas as condições para avançar com as obras, atualmente na fase final de acabamentos.

O Museu Irmã Lúcia implicou um investimento a rondar os 520 mil euros, custeado pelo Carmelo de Santa Teresa. Para que o sonho fosse possível, as irmãs contaram com donativos, chegados maioritariamente dos Estados Unidos, Espanha e Irlanda.

O Cón. João Lavrador, capelão do Carmelo acompanha de perto este desejo das irmãs e é nelas que deposita toda a confiança de gerir espaço, que levanta um pouco do mistério que envolveu toda a vida da vidente. Nesta fase inicial, o sacerdote sabe que as carmelitas estão a contar com a ajuda de alguém do exterior, mas, de futuro, serão elas a dinamizar o museu que presta homenagem à mais célebre hóspede do Carmelo de Santa Teresa.

Recorde-se que Irmã Lúcia viveu no Carmelo de Santa Teresa desde 1948, tendo aí permanecido até à hora da morte, a 13 de fevereiro de 2005, tinha na altura 97 anos. Sepultada ao longo de um ano numa campa térrea no convento onde viveu grande parte da vida, a 11 de fevereiro do ano passado a vidente foi traslada para Fátima, onde se juntou aos primos, falecidos ainda em crianças.

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