"A Europa e o mundo inteiro têm sede de liberdade e paz. Por isso é preciso construir juntos a verdadeira civilização, que não seja baseada na força", disse o Papa Bento XVI nesta quinta-feira, 8, após assistir um concerto de música clássica recordando os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, no Auditório Santa Cecília, em Roma.
"A guerra desejada pelo nazismo afetou muitos povos inocentes da Europa e de outros continentes, enquanto o Holocausto feriu o povo judeu, alvo de um extermínio programado", disse Bento XVI, ao término do concerto "Os Jovens contra a Guerra". O evento foi organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, pela Comissão para Relações Religiosas com o Hebraísmo, a Embaixada Alemã junto à Santa Sé e o Fórum Mainau.
Bento XVI falou ainda de Pio XII, que foi Papa entre 1939 e 1958, acusado por alguns historiadores e personalidades judias de ter mantido silêncio ante o Holocausto.
O Pontífice lembrou a famosa mensagem enviada por Pio XII pelo rádio em 1939, pouco antes do início da guerra:
"Pio XII lançou emocionados apelos à razão e à paz, mas infelizmente ninguém conseguiu deter esta enorme catástrofe; prevaleceu a inexorável lógica do egoísmo e da violência", enfatizou.
Ele falou ainda da queda do muro de Berlim há 20 anos, um acontecimento que representa o símbolo eloquente do final dos regimes totalitários comunistas do leste europeu:
"A queda do muro demonstrou que as liberdades fundamentais não podem ser reprimidas e sufocadas por muito tempo", comentou.
O Santo Padre disse esperar que o movimento ecumênico surgido naquele período contribua para a construção da paz, operando junto com os judeus e todos os fiéis.
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