O Cardeal Carlo Maria Martini faleceu nesta sexta-feira, 31, aos 85 anos. Ele sofria com o Mal de Parkinson e encontrava-se internado na enfermaria do Aloisianum, no Instituto Universitário de Estudos Filosóficos da Companhia de Jesus, na província italiana de Varese.
As suas condições de saúde haviam piorado inesperadamente na noite desta quinta-feira, 30, e o Papa Bento XVI, imediatamente informado, se recolheu em oração. O corpo do Cardeal Martini chegará à Catedral de Milão neste sábado, 1º, às 12h, e será sepultado no dia 3 de setembro, segunda-feira, após a missa exequial, celebrada às 16h.
Cardeal Martini entrou na Companhia de Jesus com apenas 17 anos e ordenado sacerdote aos 25. Ele foi reitor do Pontifício Instituto Bíblico e, depois, da Pontifícia Universidade Gregoriana, antes de tornar-se arcebispo de Milão, em 1980, guiando a arquidiocese até 2002.
Dentre as suas iniciativas mais importantes, destacam-se a introdução, na arquidiocese, da "Escola da Palavra", para fazer com que os leigos se aproximassem da Sagrada Escritura com o método da Lectio divina. Ele também introduziu a "Cátedra daqueles que não creem", promovendo uma série de encontros dirigidos a pessoas em busca da verdade. Após um longo período na Terra Santa retornou à Itália em 2008, para cuidar da sua saúde.
Com o falecimento do Cardeal Martini, o Colégio cardinalício fica agora composto por 206 purpurados, dos quais, 118 eleitores e 88 não eleitores. Os cardeais jesuítas são agora 6, dos quais, 2 eleitores.