Irena Sendler, polonesa católica, morreu nesta segunda-feira aos 98 anos. Ela foi considerada uma das grandes heroínas da Segunda Guerra Mundial por ter salvado 2,5 mil crianças judias do gueto de Varsóvia.
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Irena conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto. Ela as alojava entre famílias católicas e conventos. As crianças eram escondidas em maletas e retiradas por bombeiros ou em caminhões de lixo. Em alguns casos chegavam a ser escondidas dentro dos abrigos de pessoas que tinham autorização para entrar no gueto.
Sendler foi presa em sua casa em 20 de outubro de 1943. Depois foi detida pela Gestapo e torturada pelos nazistas. Foi, até mesmo, condenada à morte e, milagrosamente, foi salva.
Nunca se considerou uma heroína e chegou a afirmar que sentia peso na consciência por ter feito tão pouco. Por escrito, Irena Sendler deixou uma convocação a todas as pessoas para serem generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz.
Em 1965, o memorial israelense lhe conferiu o título de Justo entre Nações, destinado aos não judeus que salvaram judeu. Em 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi proposto ao prêmio Nobel da Paz.
