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"Para superar a violência"

Mensagem do Conselho para Diálogo Inter-religioso no fim do Ramadã

Cristãos e muçulmanos:
juntos para superar a violência entre fiéis de diferentes religiões

.: Acesse o texto em árabe

Queridos Amigos Muçulmanos,

1. O Id al-Fitr, a festa que encerra o Ramadã, constitui, mais uma vez, ocasião propícia para vos enviar cordiais saudações de paz e alegria da parte do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso.

Durante este mês, vós estivestes comprometidos com a oração, jejum, ajudar os mais necessitados e fortalecer os laços de parentesco e amizade. Deus não deixará de recompensar esses esforços!

2. Apraz-me saber que crentes de outras religiões, especialmente cristãos, vos são espiritualmente próximos nestes dias, como demonstrado pelos encontros amigáveis que muitas vezes oferecem também a ocasião para conversas de natureza religiosa. Me apraz, também, pensar que esta mensagem poderá contribuir positivamente com vossas reflexões.

3. Não se pode deixar de constatar que o tema sugerido este ano pelo Pontifício Conselho, Cristãos e muçulmanos: juntos para superar a violência entre fiéis de diferentes religiões, é, infelizmente, de grande atualidade, ao menos em algumas regiões do mundo. Por outro lado, a Comissão Mista para o Diálogo, estabelecida por este Pontifício Conselho e pela Comissão Permanente de al-Azhar para o Diálogo entre as Religiões Monoteístas, escolheu-o como um objeto de estudo, reflexão e discussão para a sua recente reunião anual (Cairo, 23-24 de Fevereiro 2010). Desejo compartilhar convosco algumas das conclusões publicadas no final desse encontro.

4. Entre as causas da violência entre fiéis de diferentes religiões, podem-se indicar a manipulação da religião para fins políticos ou de outro tipo, a discriminação baseada na etnia ou na identidade religiosa, as divisões e as tensões sociais. A ignorância, a pobreza, o subdesenvolvimento, a injustiça também são fontes diretas ou indiretas de violência, não somente entre comunidades religiosas, mas também em seu interior. Possam as autoridades civis e religiosas darem o seu contributo para remediar tais situações em vista do bem comum de toda a sociedade! As autoridades civis possam fazer valer a superioridade do direito, assegurando uma verdadeira justiça para parar os autores e os promotores da violência!

5. Estão presentes, neste texto, também importantes recomendações: abrir os nossos corações ao perdão recíproco e à reconciliação para uma convivência pacífica e frutífera; reconhecer, como base de uma cultura de diálogo, o que temos em comum e o que nos diferencia; reconhecer e respeitar a dignidade e os direitos de todo o ser humano, sem nenhuma distinção baseada em seu pertencimento étnico ou religioso; necessidade de promulgar leis que garantam a igualdade fundamental entre todos; importância da formação para o respeito, diálogo e fraternidade nos diversos espaços educativos: em casa, na escola, nas igrejas e nas mesquitas. Desse modo, poderemos combater a violência entre fiéis de diferentes religiões e promover a paz e a harmonia entre as diferentes comunidades religiosas. O ensinamento dos líderes religiosos, mas também os textos didáticos que estejam atentos a apresentar a religião de uma forma objetiva, revestem-se, bem como o ensino em seu conjunto, de uma importância decisiva na educação e na formação dos jovens.

6. Espero que essas considerações, bem como as reações que suscitarão entre vós e nas conversações com os vossos amigos cristãos, possam contribuir para a continuação de um diálogo sempre mais respeitoso e sereno, sobre o qual invoco as bênçãos de Deus!

Cardeal Jean-Louis Tauran
Presidente


Arcebispo Pier Luigi Celata
Secretário

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