Um grupo de cinco médicos que moram na América do Norte tem ajudado os sírios a salvar vidas no seu país. A rede auxilia os médicos e enfermeiras da Síria a tratar os civis por meio de uma conexão clandestina na internet.
Os médicos da rede recebem os avisos por mensagem de texto sobre duas contas secretas. Desde o começo do ano, eles já ajudaram a salvar dezenas de sírios.
Por estarem longe dos lugares de combate, os médicos evitam as represálias dos grupos de Baschar Al-Assad. Eles tratam os pacientes através de câmeras web instaladas acima dos leitos de um dos quatro lugares clandestinos situados na região controlada pelo exército sírio livre.
Assim, eles examinam os pacientes e aconselham as enfermeiras sírias, cuidam de ferimentos cranianos graves, devidos ao conflito, e também das paradas cardíacas e tentativas de suicídio.
Além de fornecer conselhos técnicos, a presença “virtual” dos médicos anima seus colegas sírios que se sentem menos isolados.
Os dois anos de conflito praticamente destruíram o sistema de saúde sírio. De acordo com a organização internacional Médicos Sem Fronteiras, as tropas do governo perseguiram as equipes médicas, atiraram nas ambulâncias e bombardearam os hospitais, ocasionando a diminuição do número de médicos de 5000 para 36 na maior cidade do país, Alep.
Outros dez médicos europeus estão se preparando para participar dessa "linha de frente virtual", mas outras câmeras ainda devem ser escondidas em hospitais sírios. O conflito sírio já custou mais de 90 mil vidas desde o início das hostilidades.