Essa foi a 17ª edição da marcha pela vida, a paz e os migrantes na arquidiocese localizada na fronteira México-EUA
Rádio Vaticano
A arquidiocese de Tijuana, México, sediou neste domingo, 19, a 17ª macha pela vida, a paz e os migrantes. A cidade fica situada na fronteira com os Estados Unidos.
Os migrantes puderam receber a proximidade da arquidiocese no momento em que os Estados Unidos confirmaram o desejo de erguer muros. A marcha tradicional pela vida é promovida pela Igreja local e este ano quis ser um evento, sobretudo, para os migrantes. Teve início com a oração diante do muro, que existe há vários anos, em Tijuana, situado na fronteira.
O arcebispo dessa cidade, Dom Francisco Moreno Barrón, inseriu no muro alguns sinais da cruz e da coroa de espinhos. “Um gesto que fala por si mesmo”, disse ele, conforme relata a Agência Sir.
“Queremos estar próximos a todos os nossos irmãos migrantes, não somente dos que atravessam esta fronteira. Toda a comunidade humana é uma só família que saiu das mãos de Deus, por amor. Somos chamados a viver no amor como uma só família”, sublinhou.
“Infelizmente, por causa do egoísmo presente no mundo e no âmago das pessoas se ergueram muros, não somente no passado, mas também no presente, muros que pretendem nos dividir, estabelecer distâncias e às vezes nos colocar uns contra outros, quando, ao invés, precisamos de pontes que nos ajudem a construir a fraternidade, a viver em paz e a realizar o sonho de Deus para os seus filhos: que vivam unidos no amor”, disse ainda Dom Moreno Barrón.
O arcebispo reconheceu que a arquidiocese de Tijuaha é uma arquidiocese migrante e que estar diante do muro é um sinal significativo; ele rezou para que Deus proteja os migrantes.
A marcha pela vida e pelos migrantes prosseguiu com a procissão e a celebração da Eucaristia.