Conflitos no Iraque

Mais de 300 mil pessoas fugiram de Mossul na última semana

Segundo Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), muitos iraquianos ainda estão sem assistência por falta de abrigos

Da Redação, com ACNUR

Refugiados iraquianos Mossul

Família recebe assistência no posto de controle de Khazair / Foto: ACNUR/R.Nuri

A  Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) relatou que a escassez de abrigos é um dos principais desafios para  milhares de iraquianos que tiveram que fugir da violência da semana passada no norte da cidade de Mossul para buscar abrigo na região do Curdistão iraquiano.

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Autoridades locais relataram que 300 mil  pessoas procuraram por segurança nas províncias de Erbil e de Duhok. Segundo informações,  muitos refugiados chegaram apenas com as roupas que vestiam, sem dinheiro, devido a pressa para a fuga.  Muitas famílias em Duhok também estão abrigadas em escolas, mesquitas, igrejas e edifícios inacabados.

“Um número crescente de pessoas está ficando em um campo de trânsito próximo ao posto de controle de Khazair, a cerca de 40 quilômetros de Mosul”, disse o porta-voz do ACNUR Adrian Edwards, em Genebra, na última segunda-feira, 16.

Segundo a Agência, as comunidades que acolhem essas pessoas estão fornecendo refeições, água e alguns artigos de necessidades básicas. Cerca de três mil pessoas estão abrigadas em tendas montadas provisoriamente, porém o número de necessitados ainda é grande.

Tayba, uma viúva de Mosul, chegou à Khazair na quarta-feira, 11,  com três de seus cinco filhos, incluindo sua filha Asmaa, de 11 anos de idade, que possui uma deficiência. “Havia muito bombardeio em Mosul, a situação estava muito ruim. Balas estavam voando em nosso quintal. Meu vizinho foi baleado na cabeça”, conta a refugiada.

Nessa semana, a equipe de proteção do ACNUR recolherá mais informações sobre onde outros deslocados estão abrigados e como  atender melhor as necessidades dessas pessoas. A equipe de proteção também está identificando os mais vulneráveis entre os deslocados, como pessoas idosas, aqueles que possuem deficiência, crianças e gestantes para que se possa fornecer ajuda humanitária e providenciar apoio emergencial.

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