O presidente palestino, Mahmoud Abbas, solicitou uma reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater a construção de assentamentos judaicos nos territórios ocupados da Cisjordânia, onde os palestinos pretendem fundar um Estado.
Israel afirmou na segunda-feira,8, que levaria adiante os planos de construir 1.300 apartamentos dentro do território de Jerusalém e no entorno da cidade, que foi anexada por Israel depois da guerra do Oriente Médio de 1967. Outras 800 unidades residenciais foram planejadas para o assentamento de Ariel, no norte da Cisjordânia.
"Algo precisa ser feito no nível internacional para deter a expansão dos assentamentos que o governo israelense está executando na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém", disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz de Abbas, nesta quarta-feira,10.
Abbas instruiu seu delegado na ONU, onde os palestinos têm status de observador, a solicitar a reunião, afirmou ele à Reuters.
As conversações de paz com o objetivo de pôr fim ao conflito entre palestinos e israelenses por meio da criação de um Estado palestino estão paralisadas, em razão da divergência sobre a construção dos assentamentos.
O delegado palestino, Riyad Mansour, disse à Reuters por telefone desde Nova York que faria a solicitação via Estados árabes que têm status de membro pleno.
Abbas, que se opõe à violência na criação do Estado palestino, tem dito que as negociações diretas com Israel permanecem como a sua primeira opção na busca pela paz.
Mas ele também diz que buscará o apoio dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança da ONU para o estabelecimento do Estado palestino no caso de fracasso das conversações, parte do "processo de paz" iniciado há duas décadas.
As grandes potências consideram os assentamentos um obstáculo a um acordo de paz que colocaria fim ao conflito que já dura seis décadas.
Quase 500 mil judeus vivem em territórios tomados por Israel na guerra do Oriente Médio de 1967, onde os palestinos pretendem fundar um Estado que também incluiria a Faixa de Gaza.
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