Intervenção

Líder das Farc pede ajuda ao Papa para concluir acordo de paz

“Acreditamos que a sua Igreja poderia despertar nos corações confusos o apoio à paz e à reconciliação”, afirma líder das Farc em carta ao Papa

Da Redação, com Rádio Vaticano

O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Londono Echeverri, conhecido como Timoleon Jimenzes, escreveu uma carta aberta ao Papa Francisco para pedir que a Igreja intervenha em defesa das negociações de paz com o governo de Juan Manuel Santos.

Na sua carta, Jimenzes afirma que as FARC continuam fazendo “todo o possível” para chegar finalmente a um acordo, mas “surgiram no horizonte sérios perigos, que ameaçam afundar aquilo que permanece um grande esforço de todos os colombianos de boa vontade”.

“Organizações paramilitares desencadearam uma ofensiva criminal cujo objetivo é desmoralizar os amigos da paz”, escreve o líder guerrilheiro, pedindo a intercessão de Francisco. “Acreditamos que a sua Igreja poderia despertar nos corações confusos o apoio à paz e à reconciliação”, afirma ainda o líder das FARC.

O processo, que deverá conduzir em breve a um acordo definitivo de cessar-fogo na Colômbia, teve momentos de tensão nas últimas semanas por divergências sobre o desarmamento dos guerrilheiros e a segurança dos ex-combatentes.

As Farc já haviam advertido que a ação de grupos paramilitares contra líderes camponeses e defensores dos direitos humanos representam, hoje, a maior ameaça para o alcance da paz. As negociações tiveram início em Havana, Cuba, em novembro de 2012.

O governo e as Farc já chegaram a acordos sobre quatro dos seis pontos para acabar com o único conflito armado no continente.

O Papa Francisco vai visitar a Colômbia em 2017.

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