O Ministro do Interior libanês, Nuhad Machnuk, permitiu a entrada de cidadãos assírios no Líbano por se tratar de “casos humanitários”
Da redação, com Rádio Vaticano
O Líbano, que impôs restrições à entrada de refugiados da Síria em seu território, permitirá a chegada de cidadãos assírios, grupo étnico cristão que está sendo alvo dos jihadistas do Estado Islâmico.
O ministro do Interior Libanês, Nuhad Machnuk, deu ordens às forças de segurança para que permitam a entrada dos cidadãos assírios no Líbano por se tratar de “casos humanitários”. O ministro afirmou que esta iniciativa não contradiz as medidas que estão sendo aplicadas para limitar a entrada de refugiados sírios no Líbano.
Números de refugiados
O governo argumenta não poder continuar lidando com a chegada de deslocados que fogem do conflito sírio. Segundo números das autoridades libanesas, o país já acolheu mais de um milhão e meio de refugiados sírios, embora o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) rebaixe esse número para 1,2 milhão.
Manifestação dos assírios
O ministro libanês da Reforma Administrativa, Nabil de Freige, estimou que cinco mil assírios podem se refugiar no Líbano. Neste sábado, 28, centenas de assírios se manifestaram no centro de Beirute em solidariedade aos seus compatriotas.
“Nós assírios somos nativos de Mesopotâmia. Exigimos que as Nações Unidas empreendam medidas para conservar os cristãos no Oriente Médio”, foram alguns dos lemas dos cartazes levados pelos manifestantes.
Na segunda-feira, 21, combatentes do EI invadiram vários povoados de maioria assíria na província de Al Hasaka, no nordeste da Síria, e levaram centenas de civis.
Enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos afirma que 220 pessoas foram sequestradas, o presidente do Movimento Patriótico da Assíria, Ashur Giwargis, indicou que seriam 373, entre elas mulheres e crianças.