O processo do general croata Ante Gotovina, que corre no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia em Haia, entra nessa semana na sua última fase. O ex-general é acusado de perseguições, deportações, atos desumanos e destruições durante a contra-ofensiva de 1995 que as forças croatas lançaram contra os separatistas sérvios de Krajina.
Krajina era uma região pertencente à Croácia, cujo povo é sérvio, que se autoproclamou independente em 1992, formando a República Sérvia da Krajina. A história dessa República está diretamente vinculada ao processo de desintegração da Iugoslávia.
O general Ante Gotovina e outros dois, Mladen Markac e Ivan Cermak fora levados a Haia já em 2008. Os três são ex-generais do exército nacional croata, que ocupavam postos de comando no início de agosto 1995, quando se deu o ataque terrestre à Krajina. O ato expulsou 200 mil sérvios das suas casas, 100 mil deixaram a região, e causou a morte de outros 14 mil civis, gerando a pior crise de refugiados da guerra civil iugoslava.
No final de 1995, foram assinados os acordos de paz de Dayton/Paris que permitiu o regresso de todos os refugiados às suas casas.
Para o procurador do Tribunal, Ante Gotovina é um dos principais responsáveis por essa manobra bélica criminosa.
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