O jipe Curiosity desintegrou nesse domingo, 19, sua primeira rocha na superfície de Marte, usando uma pistola a laser com o objetivo de estudar sua composição mineral.
A rocha foi destruída com 30 pulsos de laser, durante um período de dez segundos, disse a Nasa em nota.
Cada pulso gera uma energia superior a 1 megawatt, durante cerca de 5 bilionésimos de segundo. Isso faz com que um minúsculo pedaço de pedra seja vaporizado, gerando uma fagulha que é analisada por um pequeno telescópio instalado no Curiosity.
O brilho ionizado, que pode ser observado e registrado a até 7 metros de distância, é então separado conforme seu comprimento de onda por três espectrômetros capazes de informar aos cientistas qual é a composição do alvo.
O aparelho, chamado ChemCam (pelas iniciais em inglês de "química" e "câmera") consegue discernir mais de 6.000 comprimentos de onda diferentes, em ultravioleta, infravermelho e no espectro de luz visível. A expectativa dos cientistas é realizar 14 mil medições durante a missão do laboratório móvel Curiosity.
A atividade realizada por volta das 8h de domingo (hora de Brasília) serviu apenas como "treino de alvo" para o instrumento. Mesmo assim, os cientistas vão examinar a composição dessa rocha.
O Curiosity, um jipe de seis rodas e uma tonelada, pousou em 6 de agosto dentro de uma cratera nos arredores do equador marciano, após uma viagem de oito meses pelo espaço. O aparelho deve passar dois anos enviando informações que permitam descobrir se Marte tem ou já teve condições para abrigar vida microbiana.
O projeto de 2,5 bilhões de dólares marca a primeira missão de microbiologia da Nasa desde as sondas Viking, enviadas a Marte na década de 1970. É também o mais avançado laboratório já despachado a outro corpo celeste.