O candidato terá pela frente uma economia na casa dos três digitos, uma recessão iminente e uma pobreza crescente
Da redação, com Reuters
A Argentina elegeu Javier Milei como seu novo presidente neste domingo, 19, que terá pela frente a misssão de consertar uma economia abalada por uma inflação de três dígitos, uma recessão iminente e pobreza crescente.
Milei, que aproveitou uma onda de repulsa dos eleitores contra a corrente política dominante, venceu por uma margem maior do que o esperado — obteve cerca de 56% dos votos contra pouco mais de 44% de seu rival, o atual ministro peronista da Economia, Sergio Massa.
O novo mandatário promete uma terapia de choque econômico. Seus planos incluem fechar o banco central, abandonar o peso e reduzir os gastos, reformas potencialmente dolorosas que repercutiram entre os eleitores irritados com o mal-estar económico.
Os desafios de Milei são enormes. Terá de lidar com os cofres vazios do governo e do banco central, uma dívida de 44 milhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional, uma inflação próxima dos 150% e uma série estonteante de controles de capital.