Ao todo, 10 vacinas passam a ser obrigatórias até 12 anos
Ansa
O plenário da Câmara dos Deputados da Itália aprovou nesta sexta-feira, 28, de maneira definitiva, a obrigatoriedade da vacinação para crianças em idade escolar. O texto foi aprovado por 296 votos a favor, 92 contrários – principalmente deputados do Movimento Cinco Estrelas (M5S) e da Liga Norte – e 15 abstenções.
“A aprovação definitiva da lei aumentará o nível de proteção sanitária das famílias italianas”, disse o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, ao comemorar o resultado.
Já uma das entusiastas do projeto, a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, comemorou a decisão dos parlamentares e afirmou estar “muito satisfeita” com um resultado que “colocará em segurança essa e as próximas gerações contra uma série de doenças infecciosas muito graves”.
Com o novo projeto, 10 vacinas passarão a ser obrigatórias para as crianças até 12 anos: poliomielite, tétano, difteria, hepatite B, Haemophilus influenzae B, coqueluche, caxumba, sarampo, rubéola e varicela. Seis das 10 serão administradas em doses hexavalente e as outras quatro em tetravalentes.
Apesar de não terem entrado no decreto de obrigatoriedade, outras quatro vacinas passarão a ser ofertadas de maneira “ativa e gratuita” pelo governo, sendo três contra a meningite e uma contra o rotavírus.
Caso os pais se neguem a vacinar as crianças, poderão sofrer sanções que variam entre 100 e 500 euros por caso.
A lei foi criada após diversos episódios referentes às vacinas terem sido registrados na Itália, como o ressurgimento de doenças que já estavam erradicadas e/ou muito controladas no país, como a poliomielite e a meningite do tipo C, e um grande surto de sarampo, que já causou cerca de três mil infecções.
Além disso, foi descoberta uma fraude em um hospital de Údine, onde uma enfermeira fingia que imunizava crianças. O caso obrigou que sete mil pessoas precisassem retornar às unidades de saúde para serem vacinadas novamente.