A Comissão permanente bilateral entre Israel e a Santa Sé voltou a reunir-se hoje, no Vaticano, cinco anos depois, para esclarecer alguns pontos legais fiscais e de propriedade que a Igreja Católica reclama.
Ambas as partes falam de "progressos importantes e esperança de avanços posteriores nos meses mais próximos".
A delegação da Santa Sé foi liderada por D. Pietro Parolin, subsecretário do Vaticano para as relações com os Estados, enquanto a do Estado de Israel foi liderada por Aaron Abramovich, Diector-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo comunicado conjunto, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, "as conversações tiveram lugar numa atmosfera de grande cordialidade, entendimento mútuo e boa vontade".
A próxima da Comissão reunião está marcada para Dezembro deste ano, em Israel.
A reunião no Estado da Cidade do Vaticano esteve marcada para o passado dia 29 de Março, mas foi desmarcada pela parte israelita "por causa das contingências políticas internacionais".
Nessa altura, a Santa Sé manifestou "amargura" pelo adiamento, mais um caso dos muitos que têm rodeado a negociação de alguns pontos do Fundamental Agreement, assinado em Dezembro de 1993, relativos a questões delicadas, como o estatuto fiscal da Igreja e a salvaguarda das propriedades eclesiásticas, em especial os chamados Lugares Santos.
As negociações começaram a 11 de Março de 1999, de forma oficial, mas nos últimos anos Israel tem-se mostrado relutante em receber a delegação da Santa Sé para dialogar sobre os termos do acordo.
Várias personalidades do Vaticano têm criticado abertamente as contínuas falhas de Israel neste processo, acusando o governo israelita de não cumprir os acordos com a Santa Sé sobre "questões vitais" para a Igreja Católica e para a comunidade cristã na Terra Santa