ZENIT.org
Os líderes eclesiais iraquianos estão redobrando as medidas de segurança por medo de que os fiéis sejam vítimas de atentados durante o Natal. Nas igrejas há vigilantes de segurança, e devido ao maior risco à noite, os serviços litúrgicos da Noite Feliz serão celebrados mais cedo do que o habitual.
Em uma entrevista concedida a “Ajuda à Igreja que Sofre”, Dom Louis Sako, arcebispo de Kirkuk (norte do Iraque), assinala que emitiu um comunicado sobre o cancelamento ou redução, por motivos de segurança, das celebrações tradicionais natalinas.
“Devemos ser sábios, é preciso tomar precauções. Nesta época do ano sempre existe a possibilidade de um atentado”, reconhece o prelado. Qualificando a situação de “muito frágil”, o arcebispo Sako informou de que sua comunidade sofreu alguns ataques, mas que, na maioria dos casos, os crentes não correram maiores riscos que os demais, e que não foram incidentes motivados por sua fé cristã.
Não obstante, reconhece que isto pode mudar. O prelado explicou que enquanto tanto, as comunidades cristãs esperam ansiosamente o resultado das eleições de 18 de dezembro.
O arcebispo disse que houve uma alta participação entre os cristãos, mas acrescentou que o impacto nos resultados poderia ser mínimo, dada sua divisão com respeito ao partido em que votar.
Também advertiu do perigo de um novo êxodo de cristãos iraquianos no caso de que fanáticos religiosos, desejosos de converter o país em um Estado Islâmico, obtenham a vitória.