O tráfico de pessoas é um fenômeno crescente na República Democrática do Congo
Da Redação, com Agência Fides

As crianças seriam destinadas ao trabalho escravo e prostituição em outros países / Foto ilustrativa: Arquivo
Instituição católica do Congo salva 12 crianças sequestradas que seriam vendidas como escravas. A Comissão diocesana “Justiça e Paz”, da cidade de Kikwit, na província de Bandundu, conseguiu interceptar a ação de uma quadrilha de traficantes de seres humanos.
As crianças sequestradas no interior do país foram levadas para a cidade de Kinshasa. A instituição, que havia recebido informações de moradores, conseguiu acionar as autoridades e resgatar os menores.
Segundo fontes locais, as crianças seriam destinadas ao trabalho escravo e prostituição em outros países. Alguns grupos sequestram os menores para que prestem serviço às milícias de rebeldes do país.
O presidente da comissão “Justiça e Paz”, Arsène Ndongo, destaca que que o tráfico de pessoas é um fenômeno crescente na província de Bandundu.
“Pedimos às autoridades que se empenhem na luta contra o tráfico de seres humanos. No novo século, seria uma humilhação para a República Democrática do Congo não ser capaz de parar este fenômeno”, afirma Ndongo.
Na última semana, o sacerdote jesuíta, Henri De la Kethule, denunciou às autoridades a existência de um influente tráfico de pessoas para a venda de órgãos. De acordo com o religioso, os criminosos convencem as famílias carentes de confiar a eles seus filhos para que sejam levados a orfanatos.
“Crianças são vendidas para quem pagar mais. Além do tráfico de órgãos, elas são forçadas a se prostituir ou acabam como escravas nos campos”, alerta o sacerdote que pede a intervenção urgente do governo.