Europa e Africa

Igrejas pedem fim das "novas formas de escravatura"

As Conferências Episcopais da Europa e África enviaram aos participantes na cimeira de Lisboa um documento no qual pedem compromissos efetivos em favor do desenvolvimento e contra as "novas formas de escravatura do nosso tempo".

A mensagem dirige-se aos cinco presidentes europeus e 35 africanos e 15 primeiros-ministros europeus e 12 africanos participam em Lisboa na II Cimeira União Europeia/África, ao longo deste fim-de-semana.

A Igreja manifesta-se contra a "contínua exploração dos recursos de África", com as consequências que tal acarreta para as populações africanas, e lamentam a "fuga de cérebros" rumo à Europa. Os Bispos católicos destes continentes indicam como prioridade o combate ao trabalho infantil, ao tráfico de mulheres e crianças, à discriminação dos migrantes e o "escândalo" da exploração de mulheres e menores para abusos sexuais.

O texto foi assinado em Elmina, no Gana, localidade utilizada para o tráfico de descravos, pelo presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar e pelo vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. Os episcopados pedem a inversão da "atual tendência de exploração", através da ratificação, implementação e reforço de convenções entre os governos de África e da Europa.

Aos responsáveis políticos, a Igreja recomenda "a prática de uma boa governação, a honestidade, a responsabilidade e a transparência, a promoção da democracia, a educação para todos, o respeito pela lei e a luta contra a corrupção". Ontem, delegações de oitenta países e representantes das Comissões da União Africana (UA) e da União Europeia (UE) reuniram-seno Egito, onde aprovaram um comunicado final e ouviram a Declaração de Lisboa, que será apresentada na Cimeira UE/África.

A Declaração de Lisboa, documento que será apresentado na Cimeira UE/África, em Lisboa, e que foi lida durante a reunião, define uma nova parceria, baseada na interdependência e igualdade de soberania e respeito que envolve a África como um todo.

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