Realizam-se hoje as eleições gerais em Zimbábue, país africano.
Também as Igrejas na África enviaram uma missão de observadores para acompanhar as eleições. Entre elas, estará presente uma delegação da Associação inter-regional dos Bispos da África Austral (IMBISA), que reúne as Conferências Episcopais de nove países.
Com os observadores enviados pela Associação das Igrejas Evangélicas da África e pela Comunhão do Conselho Cristão da África Austral, a delegação católica terá a delicada tarefa de verificar a transparência e a credibilidade do voto, em meio a denúncias de irregularidades e de intimidações contra os opositores do regime de Robert Mugabe, há 28 anos no poder.
Uma tarefa que o arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu pré-anunciou "muito difícil" devido ao clima de forte tensão que caracterizou a campanha eleitoral.
Cerca de seis milhões de eleitores são aguardados nas urnas. Mugabe, que culpa as sanções do Ocidente pelo colapso, enfrenta o maior desafio de seu governo de 28 anos. Seus principais rivais são o líder oposicionista, Morgan Tsvangirai, e um dissidente do partido governista, Zanu-PFSimba Makoni.
O Zimbábue, que vê sua economia – que já foi próspera – em ruínas, sofre com a inflação mais alta do mundo: mais de 100 mil por cento. Além disso, há uma falta crônica de alimentos e combustíveis e uma desenfreada epidemia do vírus HIV e da Aids, o que contribuiu para derrubar muito a expectativa de vida.
Apesar das dificuldades de Mugabe, 84, muitos analistas acreditam que ele será declarado vitorioso. Tsvangirai e Makoni o acusam de planejar uma fraude às eleições.