Teve início nesta terça-feira, 19, no Vaticano, a Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais. Até a próxima sexta-feira, 22, os participantes debaterão a situação dos cristãos de rito oriental presentes no Oriente Médio, Europa e Índia. A reunião contará com a presença do Papa Francisco.
O encontro se insere no caminho já percorrido desde o segundo Concílio de Lyon, em 1274. As Igrejas Católicas Orientais, mesmo mantendo a sua própria constituição e espiritualidade, as particularidades do Direito Canônico, a possibilidade do matrimônio para o clero, os ritos e liturgia próprios, reconhecem o primado do Papa.
Esta condição das Igrejas já foi objeto de discussões e influenciou negativamente o caminho ecumênico, pois eram acusadas de terem abandonado as suas “Igrejas Mães”. Elas, no entanto, sempre se mantiveram em comunhão com Roma.
Existem cinco ritos, segundo a tradição litúrgica: Rito Bizantino, Rito Sírio-Oriental ou Caldeu, Rito Sírio-Ocidental e Maronita, Rito Armênio e Rito Alexandrino. Atualmente, na Igreja Católica, além da Latina, existem 22 Igrejas ‘sui iuris’ (Igrejas particulares, porém em comunhão com o Papa), pertencentes a estas cinco Tradições.
As Igrejas de Tradição Alexandrina são a Igreja Patriarcal Copta e a Metropolita Etiópia. As de Tradição de Antioquia são a Igreja Patriarcal Síria, a Maronita e a Igreja Sírio Malankarese. Já a Igreja Patriarcal Armena insere-se na Igreja de Tradição Armena.
Das Igrejas de Tradição Caldéia fazem parte: a Igreja Patriarcal Caldéia e a Igreja Arcebispal Maior Sírio-Malabarense.
As Igrejas de Tradição Bizantina são a Patrialcal Melquita, a Igreja Arcebispal Maior Ucraniana, a Arcebispal Maior Romena, a Metropolitana Rutena, a Slovaca, a Albanesa, a Igreja Bielorussa, a a Búlgara, a Igreja Greco-Católica Croata, a Grega, a Igreja Ítalo-Albanesa, a Igreja Macedônia, a Igreja Russa e a Igreja Húngara.