Celebração foi presidida pelo núncio apostólico na igreja queniana, Dom Charles Balvo
Da redação, com Rádio Vaticano
Nesta terça-feira, 31 de janeiro, a Igreja recorda o fundador da Família Salesiana, São João Bosco. O Santo originário da região italiana do Piemonte é festejado em vários países, entre os quais o Quênia, onde quatro mil fiéis acolheram em Nairóbi, capital do país africano, as relíquias de Dom Bosco.
Educar os jovens com razão, religião e amabilidade
Os restos sagrados – basicamente fragmentos ósseos da mão e do braço direito de Dom Bosco – foram oficialmente trasladados, em procissão, do “Instituto Utume Dom Bosco” ao “Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora” da capital queniana.
A celebração foi presidida pelo núncio apostólico no país, Dom Charles Daniel Balvo que, em sua homilia, expressou “grande admiração” pela Família Salesiana, sobretudo pelo trabalho prestado em favor das crianças e dos jovens, baseado nos “princípios da razão, da religião e da amabilidade”, cerne do método educacional chamado “preventivo” idealizado por Dom Bosco.
Tutelar inocência das crianças
“Como São João Bosco, também nós somos chamados a seguir as pegadas de Jesus que deu a sua vida pela humanidade”, exortou o núncio apostólico. Em seguida, recordando a importância de tutelar a inocência das crianças, Dom Balvo ressaltou que “trair a confiança que elas têm nos adultos é um grave pecado aos olhos de Deus”.
Mostrar misericórdia uns com os outros
Encontravam-se presentes na celebração os bispos da Conferência Episcopal do Quênia, o reitor-mor dos Salesianos, Pe. Angel Fernández Artime, as Irmãs de Maria Auxiliadora, outra Congregação fundada por Dom Bosco, centenas de religiosos e religiosas provenientes de vários Institutos do país, os jovens, alunos e estudantes das escolas de Dom Bosco, e milhares de outros fiéis católicos.
Por sua vez, o bispo de Homa Bay e presidente dos bispos quenianos, Dom Philip Anyolo, exortou os cristãos a mostrar misericórdia uns para com os outros, seguindo o exemplo de Dom Bosco.
Promover a paz
Ademais, em vista das eleições gerais marcadas para 8 de agosto, o prelado recordou a importância de promover a paz:
“Neste ano eleitoral queremos que as pessoas dialoguem entre si, sobretudo os políticos. E desejamos que tal diálogo seja levado adiante não com uma linguagem violenta, que destrói a nossa identidade, mas com palavras que possam construir a nação e relançar a paz.”
As palavras do presidente dos bispos quenianos foram endossadas pelo reitor do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora – que de agora em diante custodiará as relíquias de Dom Bosco –, Pe. Abel Njeru, o qual confiou o processo eleitoral à intercessão do Santo italiano.
Uma peregrinação por 130 países
Custodiadas numa estátua de cera representando o fundador dos Salesianos e contidas numa teca de vidro, as relíquias fizeram uma longa peregrinação pelos cinco continentes, passando por 130 países, de 2009 a 2015. Tratou-se de datas significativas: a primeira comemorou o sesquicentenário de fundação dos Salesianos, a segunda celebrou o bicentenário do nascimento de Dom Bosco.