Música e diálogo. Duas realidades que se encontraram no Vaticano, nesta quinta-feira, 20, através de um concerto. O espetáculo foi oferecido por líderes da Igreja Ortodoxa ao Papa Bento XVI.
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O Papa quebrou o protocolo e entrou pelos fundos da Sala Paulo VI, no Vaticano. Ao passar pelo corredor, o Santo Padre parou várias vezes para cumprimentar as pessoas até chegar a Hilarion Alfeyev, presidente do departamento de relações exteriores do Patriarcado Ortodoxo de Moscou, capital da Rússia.
O patriarca Kirill, que ofereceu este concerto a Bento XVI, está a frente de uma das principais igrejas da religião Ortodoxa, ou seja, a do Patriarcado de Moscou.
O líder ortodoxo leu a carta enviada por Kirill 1, antes de iniciar o concerto. Na carta, o patriarca destaca que este evento é de grande importância neste momento em que as igrejas Católica e Ortodoxa partilham suas riquezas culturais.
O concerto foi inédito, já que uniu os três principais grupos musicais da Rússia. Um show de beleza, precisão e estilo, e, o melhor: tudo em homenagem ao Santo Padre.
Após a apresentação musical, o Papa destacou, durante o discurso, que existe uma ligação entre a música russa e o canto litúrgico. Falando da Europa, o Pontífice ressaltou que as raízes cristãs são a "alma do continente".
“A cultura contemporânea e a Européia correm o risco da amnésia, do esquecimento e do abandono do extraordinário patrimônio suscitado e inspirado na fé cristã”, alertou.
Bento XVI falou também das raízes presentes no Oriente e no Ocidente, que segundo ele, são capazes de transformar o presente. “Estas raízes devem inspirar um novo humanismo, uma nova etapa de um autêntico progresso humano, para responder aos desafios cruciais das nossas comunidades e da sociedade”.
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