A Conferência Episcopal Peruana divulgou uma nota em que manifesta sua oposição à promulgação de uma lei que facilita o divórcio. A lei número 29227, recém-promulgada, que permite aos peruanos se divorciarem em três meses nos municípios ou cartórios, e não ter de esperar mais de dois anos para que o Poder Judiciário aprove a separação legal, levantou polêmica no Peru e críticas duras da Igreja Católica.
"A Conferência Episcopal Peruana lamenta a decisão do governo de aprovar políticas que facilitam e ajudam à desintegração das famílias", afirma a nota. "Enquanto no país se vive um crescimento econômico e material, é triste que o governo ratifique uma lei que permite a dissolução das famílias por um caminho rápido, que em nada as beneficia. Mas pelo contrário, as debilita e propicia sua ruptura, em prejuízo da infância e da juventude que irão crescer com o modelo e constituição do matrimônio como temporário, passageiro e circunstancial, distante dos valores transcendentes do amor, unidade e estabilidade que devem fundamentar o matrimônio entre um homem e uma mulher", destaca a nota.
Os bispos peruanos expressam sua esperança de que "o Governo do Peru, apesar de tudo, se preocupe em conceber e aprovar leis em favor da família, que a protejam e a orientem para caminhos de integração, de educação e de êxito no amor mútuo, de tal forma que possam garantir a constituição de lares, verdadeiras células de vida da sociedade peruana".
A Conferência Episcopal "pede às autoridades que não percam de vista o bem-estar e desenvolvimento de todos os membros da família e garantir sua estabilidade", conclui a nota.