Mediante um chamado urgente à solidariedade, a Igreja Católica no México voltou suas forças para aliviar a catástrofe enfrentada por um milhão de pessoas no Estado de Tabasco, sudeste do país, por causa das inundações. Neste domingo, praticamente todas as missas celebradas no México concluíram com a proposta de ajudar as vítimas com roupas, alimentos, medicamentos, cobertores e água engarrafada, assim como com dinheiro em efetivo.
80% do território está debaixo d´água, e a capital, Villahermosa, teve de ser abandonada em suas áreas centrais pelo transbordamento de rios e represas que a circundam. Cerca de 280 mil pessoas esperam por resgate. "Estes fenômenos terminam por descobrir-nos o drama da pobreza e sua magnitude, assim como a vulnerabilidade de milhões de mexicanos que vivem em lugares de alto risco, porque a miséria e a pobreza os marginalizaram nas áreas afastadas", escreve o presidente da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), bispo de Texcoco, Carlos Aguiar Retes.
O governador deste estado mexicano considerou estas como as inundações mais severas dos últimos 50 anos. As equipes de emergência estão no terreno, mas milhares de pessoas continuam em comunidades que se transformaram em ilhotas ou nos telhados das suas casas à espera das embarcações e helicópteros da proteção civil
Um comunicado do governo regional avaliou as perdas econômicas em aproximadamente 2 bilhões de dólares. O presidente mexicano, Felipe Calderón, declarou que "o México vai aceitar a solidariedade e ajuda do mundo inteiro" para as vítimas da inundações. Calderón visitou Tabasco pela terceira vez para dar continuidade aos trabalhos de ajuda à população afetada.
Em uma carta na qual fala do sentir de todos os bispos do país, Dom Aguiar Retes disse que "quando se trata das emergências em território nacional, a experiência nos foi ensinando a importância de apoiar, solidária e subsidiariamente, as fases de reabilitação e de reconstrução. Contudo, dada a magnitude desse desastre, é necessário também intervir diretamente nesta fase de emergência".
É por isso – acrescentou o presidente da CEM – que os convido a que, como Igreja, façamos uma coleta nacional e manifestemos nossa solidariedade, além de unir-nos em oração aos nossos irmãos afetados.»
Finalmente, o prelado mexicano recordou aos fiéis que a "melhor forma de apoiar é através da contribuição econômica, que nos permitirá colaborar com nossa irmã Diocese de Tabasco para que, através dela, nossa ajuda chegue a quem mais precisa". No México, as chuvas causaram grandes prejuízos ás comunidades rurais. O Estado mexicano de Tabasco foi o mais afetado.
