A Igreja Católica em Portugal quer intensificar sua presença no setor da saúde, de modo a combater com maior eficácia, o aborto e a eutanásia. Essa foi a principal conclusão do XX Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que se concluiu em Fátima, nesta quinta-feira, 29.
O documento final do encontro propõe a criação de "Centros de Vida" em todas as dioceses, "com as competências necessárias a assegurar a defesa e a promoção da vida, desde a concepção até a morte natural".
O objetivo desses centros será prestar "apoio incondicional à natalidade", desde a educação nas escolas até o acompanhamento de jovens casais, de modo particular nos casos em que se fazem necessários tratamentos contra a infertilidade.
Os participantes do encontro sublinharam a "necessidade de maior apoio no campo da natalidade, da educação da sexualidade, do acompanhamento da adolescência e de tantos outros aspectos relacionados com o início da vida".
Quanto ao fim da vida, a Pastoral da Saúde pretende promover "a criação de uma rede de apoio, capaz de garantir maior qualidade de vida em todos os seus estágios", na convicção de que a eutanásia "jamais pode ser considerada como uma solução".
Quanto à presença de capelães nos hospitais, os participantes do encontro avaliaram e criticaram a atuação do Estado no setor da saúde, reafirmando que é imprescindível o "reconhecimento da espiritualidade como elemento indispensável para uma visão integral da pessoa humana, na sua dignidade e liberdade".
