O Papa Bento XVI recebeu na manhã desta quinta-feira, 21, o novo embaixador da República da Coreia junto à Santa Sé, Han Hong-soon que apresentou suas Cartas Credencias.
No discurso ao diplomata, o Santo Padre sublinhou que “o notável crescimento econômico que o país experimentou nos últimos anos transformou a Coreia de recebedor de ajuda em país doador”.
Bento XVI recordou quando o presidente coreano afirmou em sua visita ao Vaticano, no ano passado, que o rápido crescimento econômico implica em riscos: as considerações éticas podem facilmente ser esquecidas com o resultado que os mais pobres elementos da sociedade tendem a ser excluídas do seu legítimo direito de partilhar da prosperidade da Nação. “A crise financeira nos últimos anos exacerbou o problema, mas também chamou a atenção para a necessidade de renovar os fundamentos éticos de cada atividade econômica e política”, disse o Papa.
O Pontífice encorajou o governo coreano no seu empenho em assegurar que a justiça social e os cuidados para o bem-comum cresçam juntamente com a prosperidade material e asseguro que a Igreja Católica na Coreia está pronta e disposta a trabalhar com o governo para promover tais objetivos.
Igreja Católica na Coreia
Ao referir-se à obra da Igreja Católica na sociedade coreana, o Papa ressaltou que por meio de sua rede de escolas e de seus programas educativos, essa contribui grandemente para a formação moral e espiritual dos jovens. “Por meio de sua obra a favor do diálogo inter-religioso, a Igreja busca quebrar as barreiras entre povos e promover a coesão social fundada sobre o respeito recíproco e o crescimento da compreensão”, destacou Bento XVI. Em sua ação de caridade, disso o Papa, a Igreja busca dar assistência ao pobres e necessitados, particularmente aos refugiados e imigrantes que frequentemente se encontram as margens da sociedade.
Bento XVI reiterou que papel da Igreja implica na proclamação da verdade do Evangelho, que continuamente nos desafia a olhar para além do estreito pragmatismo e os interesses de partes que possam frequentemente condicionar as escolhas políticas, e a reconhecer as obrigações que são impostas sobre nós em vista de dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus. “Isso exige de nossa parte um empenho claro para defender a vida humana em cada estado da concepção até a morte natural, promover uma vida familiar estável de acordo com as normas da lei natural e para construir a paz e a justiça onde quer que haja conflito”, elucidou o Papa.
Em exprimir a gratidão da Santa Sé para com o papel ativo da república da Coreia na comunidade internacional, o Papa destacou que em promover a paz e a estabilidade da península, bem como a segurança e a integração econômica da nação na região ásia-pacífica, pelos laços diplomáticos com os países africanos. “Especialmente por hospedar no próximo mês a cúpula do G20 em Seul, o seu Governo deu ampla prova do seu papel como importante ator no cenário mundial, e ajudou a garantir que o processo de globalização seja dirigido pelos princípios da solidariedade e da fraternidade”, ressaltou o Pontífice.
Congresso de Leigo Católicos
O Santo Padre concluiu o seu discurso recordando o Congresso dos Leigos Católicos da Ásia realizado em Seul no início de setembro, mencionados pelo embaixador em seu discurso. “Eu também vejo neste importante evento um claro sinal da bem-sucedida cooperação que já existe entre o seu país e a Santa Sé e que bem promete para o futuro da nossa relação”, destacou Bento XVI.
O Papa disse ainda acreditar que é certo que o Congresso tenha dedicado a sua atenção aos fiéis leigos que, como ela destacou, não somente disseminaram as primeiras sementes do Evangelho sobre o território coreano, mas mostrando que muitos testemunharam sua fé em Cristo com o próprio sangue. “Confio que inspirados e reforçados pelos testemunhos dos mártires coreanos, leigos, homens e mulheres, continuem a construir a vida e o bem-estar da nação”, concluiu.
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