Encerrou-se nesta quinta-feira o I Congresso Continental das Comissões "Justiça e Paz" da África, que se realizou na capital congolesa, Kinshasa.
O encontro foi promovido pelo Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM) e teve por tema "Se queres a paz, trabalha pela justiça" (extraído do título da Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1972).
Na sua intervenção, o Arcebispo de Kinshasa e presidente da Conferência Episcopal Congolesa (CENCO), D. Laurent Monsengwo Pasinya, afirmou que a justiça é, antes de tudo, uma virtude moral e tem com a paz uma relação inseparável. "A tão citada Declaração Universal dos Direitos do Homem, a violação maciça desses mesmos direitos e a afirmação do Estado de direito correm hoje o risco de atrair toda a nossa atenção sobre a relação entre direito e justiça a ponto de nos fazer esquecer o fato de que esta é, primeiramente, uma virtude moral", disse o Arcebispo.
Concretamente, explicou que a justiça é o ato de dar a cada um o que lhe pertence. Falando da relação entre justiça e paz, o prelado recordou que, para os cristãos, justiça e paz se abraçam, como afirmam as Escrituras. "É necessário que tanto uma quanto a outra se tornem um estado de espírito em toda a sociedade", afirmou.
Participaram no Congresso delegados de 25 países, que contou a participação do vice-ministro congolês para os direitos humanos, embaixadores e representantes de diversas ONG’s internacionais.
