O tributo que será prestado, nesta terça-feira, 10, ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, falecido na última quinta-feira, 5, reunirá o maior número de chefes de Estado da história. O recorde atual foi registrado no funeral do Papa João Paulo II, em 2005, com a presença das autoridades máximas de 70 países. De acordo com o Governo da África do Sul, mais de 90 chefes de Estado confirmaram presença e o número ainda não foi fechado.
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A homenagem ao líder africano acontece, desde as 11h (7h no horário de Brasília), no Estádio Soccer City, palco da final da Copa do Mundo de 2010, e também, no mesmo dia da última aparição pública de Mandela. Na ocasião, ele desfilou em um carrinho de golfe e foi aplaudido por milhares de admiradores. O estádio tem capacidade para cerca de 80 mil pessoas.
Mas Madiba, apelido que remete ao clã daquele que é considerado o mais importante filho da África do Sul, não movimenta apenas as dezenas de chefes de Estado e os milhões de sul-africanos que o têm como pai. Os aeroportos de Joanesburgo ficaram lotados nos últimos dias desde a morte de Mandela. Pessoas de todas as partes do mundo chegam para se despedir e prestar homenagem ao líder.
O motorista Neggie, que trabalha para uma empresa que transporta pessoas em Joanesburgo, disse que a cidade não “lotou” nos últimos dias. “Está mais do que lotada”, acrescentou.
O clima na cidade mistura tristeza pela partida de Madiba e celebração de sua vida. As imagens das bandeiras a meio-mastro, em todo o país, misturam-se com danças e cantorias em homenagem ao ex-presidente que, em vida, despertou a curiosidade e a admiração de pessoas e líderes de todo o mundo, e agora os atrai ao país para a despedida.
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Dilma Rousseff, do Brasil, estão entre os que farão um pequeno discurso na despedida oficial.