Turquia

Homem que atirou em João Paulo II sai da prisão

Três décadas após ter atirado no Papa João Paulo II, em 1981, na Praça São Pedro, no Vaticano, Memhmet Ali Agca, de 52 anos, deixou a prisão. Após ter sido extraditado da Itália, Agca estava na região de Ancara, capital da Turquia.

Em 12 janeiro de 2006, Ali Agca foi posto em liberdade, mas a instância judicial máxima da Turquia revogou a decisão, e ele voltou à prisão oito dias depois.

A agência Zenit informou que o turco foi enviado a um escritório de recrutamento militar. Segundo o relatório do exame médico a qual ele foi submetido, comprovou-se sua inaptidão para servir à pátria por um “severo transtorno de personalidade social”.

O ex-prisioneiro passará ainda algumas semanas de férias antes de falar com a imprensa, informou seu advogado. Agca também pretende viajar para a Cidade do Vaticano para prestar reverência ao túmulo do Papa João Paulo II e se reunir com o Papa Bento XVI.

Agca se diz convertido ao Catolicismo após a visita e o perdão de João Paulo II, em 1983, enquanto estava em cárcere. Porém, representantes da Igreja Católica constatam que, mesmo após tanto tempo, o turco não pediu perdão publicamente por seus atos.

Segundo o antigo secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, o cardeal Achille Silvestrini, em entrevista ao jornal italiano, O Mensageiro, Agca pode ter pedido perdão em seu diálogo privado com João Paulo II, entretanto em “declarações sucessivas não expressou arrependimento”. Mas ressalta que “a figura de Ali Agca é contraditória”.

Durante sua estada na prisão, Agca fez afirmações surpreendentes, como sendo o “messias esperado pelos cristãos, judeus e muçulmanos” e que ”todo o mundo será destruído neste século”.

As motivações do ataque e a identidade daqueles que estariam por trás de Agca continuam sendo um mistério e suas explicações estão longe de ser convincentes.

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