Francisco tornou a entrar em contato com o padre Gabriel Romanelli, responsável por paróquia que tem abrigado centenas de pessoas na região
Da Redação, com Vatican News
Mulher e duas meninas palestinas abraçadas / Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Em entrevista à mídia vaticana, o pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli, afirmou ter recebido uma ligação telefônica do Papa Francisco neste sábado, 14. Esta foi a quarta vez que o Pontífice entrou em contato com o sacerdote, desta vez poucos minutos após o fim do prazo dado pelo governo de Israel para evacuação da população no norte da região.
O padre Romanelli indicou a preocupação do Santo Padre, que também assegurou suas orações e proximidade. “Ele é muito próximo do povo, e nos pediu para proteger as crianças”, relatou o pároco, que está em Belém e ainda não conseguiu chegar à pequena comunidade da Faixa de Gaza.
Na paróquia sob os cuidados do padre Romanelli estão abrigadas cerca de 500 pessoas. Entre elas estão crianças cristãs e muçulmanas, doentes e feridos “sob os cuidados das freiras de Madre Teresa”, indicou o sacerdote, que também registrou a concessão de uma bênção por parte do Papa.
Centenas de abrigados
A região conta com cinco estruturas da Igreja Católica, onde estão alojadas centenas de pessoas. Também há duas áreas da Igreja Greco-Ortodoxa, que estão lotadas. “Eles tiveram uma noite verdadeiramente assustadora porque sabiam que o ultimato terminava esta manhã, mesmo que fosse prorrogado”, contou o padre Romanelli, que apontou ainda que “estão apavorados e pelo menos na igreja se sentem mais protegidos, mas a situação é desesperadora para todos”.
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Mesmo com o fim do prazo para evacuação dado por Israel na quinta-feira, 12, aos habitantes da região norte de Gaza, os refugiados na paróquia não querem deixar o local. O governo israelense tinha dado até às 10h da manhã deste sábado, 14, (no horário de Brasília), para que a população deixasse a região.
“Eles não querem ir. Eles poderiam ir embora, mas não querem. Não temos estruturas eclesiais no sul”, explicou o pároco, que manifestou ser “muito difícil compreender de fora como as pessoas estão ligadas e unidas à paróquia, que é o centro humano e espiritual das suas atividades.”
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