Em Nápoles para a inauguração da 75ª Semana Litúrgica Nacional Italiana, o secretário de Estado do Vaticano respondeu perguntas dos jornalistas
Da Redação, Vatican News

Uma vista geral do prédio danificado do Complexo Médico Nasser enquanto palestinos feridos são levados ao Hospital Nasser por moradores locais após ataques israelenses /Foto: Anadolu via Reuters
“Estamos chocados com o que está acontecendo em Gaza, apesar da condenação do mundo inteiro”, porque “há um coro unânime de todos em condenar o que está acorrendo”. Foi o que disse o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em Nápoles, para a 75ª Semana Litúrgica Nacional Italiana. O purpurado respondeu às perguntas dos jornalistas presentes no evento.
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Ao comentar sobre o bombardeio israelense na Faixa de Gaza, que atingiu o hospital Nasser de Khan Younis e causou 20 mortes – entre elas a de cinco jornalistas, Cardeal Parolin afirmou: “É um absurdo”. Ele acrescentou que parece “não haver perspectivas de solução” e “que a situação se torna cada vez mais complicada e, do ponto de vista humanitário, cada vez mais precária, com todas as consequências que vemos continuamente”.
Sobre a Ucrânia, o purpurado frisou que é necessária “muita política, porque existem muitas soluções em nível teórico” e “existem muitos caminhos que podem ser seguidos para alcançar a paz”, mas “é preciso querer colocá-los em prática” e “evidentemente também são necessárias disposições do espírito”.
“É preciso esperança para todo o mundo”, afirmou ainda Parolin, sublinhando que o Jubileu convocado pelo Papa Francisco, dedicado precisamente a este tema, “gostaria de ser um momento de recuperação da esperança”. “Uma esperança contra toda esperança”, destacou o cardeal, pelo fato de que “hoje” não há “muitos elementos que nos ajudem a ter esperança, especialmente em nível internacional”, como se vê “também nestes dias” pela “dificuldade de iniciar caminhos de paz em situações de conflito”, mas “é preciso não se resignar” e “continuar a trabalhar pela paz e pela reconciliação”.