Venezuela

Guaidó anuncia apoio das Forças Armadas para derrubar Maduro

Presidente autoproclamado convocou mobilizações pelo país

Da redação, com ANSA

Juan Guaidó, o autoproclamado presidente da Venezuela/ Foto: Reprodução Reuters

O autoproclamado presidente da Venezuela, o deputado opositor Juan Guaidó, publicou nesta terça-feira, 30, um vídeo nas redes sociais no qual anuncia que as Forças Armadas estão ao seu lado para derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Nas imagens, Guaidó diz: “soldados valentes atenderam ao chamado e tomaram a decisão correta”. Ele também fez um apelo para que civis venezuelanos saiam às ruas contra Maduro para instalar um novo governo. “Povo da Venezuela, começou o fim da usurpação”, declarou.

“Neste momento, me encontro com as principais unidades militares das nossas Forças Armadas dando início à fase final da ‘Operação Liberdade’”, anunciou Guaidó. “As Forças Armadas tomaram a decisão correta, contam com o apoio do povo da Venezuela, com o aval da nossa Constituição, com a garantia de estar ao lado correto da história”, ressaltou o opositor em publicações na sua conta no Twitter.

“Nossas Forças Armadas, hoje, valentes soldados e compatriotas, homens valentes apegados à nossa Constituição, acudiram ao nosso chamado”, disse Guaidó, que prosseguiu: “Convido vocês a saírem às ruas da Venezuela. A [mobilização] de 1 de maio começou hoje”.

O apelo de Guaidó coincide com a libertação de outro líder da oposição, Leopoldo López, em Caracas, onde cumpria pena de prisão domiciliar. Os dois se reuniram em uma base militar próxima à capital e manifestantes começaram a se dirigir ao local. Há relatos de confrontos com uso de gás lacrimogêneo. Ainda não se sabe quantos militares nem quais alas das Forças Armadas da Venezuela estariam apoiando a oposição.

O governo Maduro reagiu às declarações definindo-as como uma “tentativa de golpe”. “Informamos ao povo da Venezuela que, neste momento, estamos enfrentando e neutralizando um reduzido grupo de militares traidores que ocuparam o Distribuidor Altamira (principal acesso a Caracas) para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República”, afirmou, via Twitter, o ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodriguez.

Guaidó se autodeclarou presidente interino da Venezuela em janeiro, durante uma série de manifestações populares contra Maduro, e recebeu o apoio de dezenas de países, como Estados Unidos, União Europeia e Brasil. No entanto, Maduro continuou no pode graças ao respaldo das Forças Armadas e de nações como a Rússia e a China.

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