Manifestações e violência

Grécia aprova austeridade apesar de protestos populares

O Parlamento da Grécia aprovou um impopular projeto de austeridade nesta segunda-feira, 13, para garantir um segundo resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e evitar um calote nacional.

Ao mesmo tempo, manifestantes enfrentam a polícia na região central de Atenas e a violência se espalhava em todo o país.

Ao todo, 199 dos 300 parlamentares apoiaram o projeto, mas 43 deles de dois partidos do governo do primeiro-ministro Lucas Papademos, os socialistas e conservadores, rebelaram-se ao votarem contra o projeto. Eles foram imediatamente expulsos de suas legendas.

Cinemas, cafés, shoppings e bancos eram vistos em chamas na região central de Atenas, e manifestantes com máscaras pretas enfrentavam a política do lado de fora do Parlamento, antes de os parlamentares aprovarem o pacote que prevê profundos cortes em salários, pensões e de emprego – o preço de um resgate de 130 bilhões de euros (172 bilhões de dólares) necessário para manter o país solvente.

A rebelião e a violência nas ruas dão uma prévia dos problemas que o governo grego enfrenta para implementar os cortes, que incluem uma redução de 22 por cento no salário mínimo – um pacote que, segundo críticos, condena a economia a se afundar numa espiral de baixa ainda mais profunda.

Papademos, um tecnocrata que caiu de paraquedas na crise, condenou a pior onda de protestos desde 2008, quando a violência assolou a Grécia por semanas após a polícia atirar num estudante de 15 anos.

"Vandalismo, violência e destruição não têm lugar num país democrático e não serão tolerados", afirmou ele ao Parlamento conforme preparava a votação.

 

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